Os nove prefeitos da região da Baixada Santista, no litoral paulista, decidiram hoje (23) que vão manter os municípios com as restrições da Fase Amarela do plano de combate ao coronavírus do estado durante as festas de fim de ano. A decisão é contrária ao protocolo do governo estadual que determinou que entre os dias 25 e 27 de dezembro e 1º e 3 de janeiro todas as cidades de São Paulo retornem à Fase vermelha do plano – que prevê o funcionamento apenas de atividades essenciais.
De acordo com o governo, na Fase Vermelha fica proibido o atendimento presencial em shoppings, lojas, concessionárias, escritórios, bares, restaurantes, academias, salões de beleza e estabelecimentos de eventos culturais. Farmácias, mercados, padarias, postos de combustíveis, lavanderias e serviços de hotelaria estão liberados.
O prefeito de Santos e presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb), Paulo Alexandre Barbosa, disse que os prefeitos da região avaliaram que não há como colocar essa medida em prática. “Quem está na ponta precisa de planejamento, preparação, organização. Seria impossível de se aplicar no tempo em que as medidas foram anunciadas”, disse sobre a determinação anunciada ontem (22) pelo governo estadual.
“Retroceder para a fase vermelha em um momento como esse é impraticável para a região da Baixada Santista”, enfatizou Barbosa. Segundo ele, o comércio dos nove municípios da baixada continuarão abertos respeitando os protocolos e as restrições, como a limitação de 40% da capacidade de público dos estabelecimentos. A decisão foi tomada em conjunto com os prefeitos eleitos que tomam posse em janeiro.
Para Barbosa, o fechamento dos bares e do comércio pode, inclusive, aumentar o fluxo de pessoas para a baixada. “Nenhuma região do estado tem a movimentação que a baixada tem nesse período. Essas medidas, da forma como foram tomadas, acabam se tornando um convite para os turistas virem para a baixada no réveillon”, acrescentou.
Por isso, os prefeitos pediram apoio do governo estadual para impedir o acesso às praias nos dias 31 e 1º, além de ações de fiscalização para coibir a entrada de vans e ônibus de turismo que têm como intenção passar apenas um dia na região.
Agência Brasil