
O presidente Jair Bolsonaro trocou o comando do Ministério de Minas e Energia. A informação foi divulgada na edição desta quarta-feira (11) do “Diário Oficial da União”. Bento Costa Lima Leite de Albuquerque foi exonerado por Bolsonaro e Adolfo Sachsida foi nomeado como titular da pasta.
A mudança ocorreu após recentes críticas do presidente em relação à política de preços da Petrobras, estatal que é ligada à pasta. Por meio da rede social Twitter, o nomeado a assumir o ministério agradeceu o presidente Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes e ao ex-ministro Bento Albuquerque.
“Agradeço ao Presidente Jair Bolsonaro pela confiança, ao ministro Guedes pelo apoio e ao ministro Bento pelo trabalho em prol do país. Com muito trabalho e dedicação espero estar a altura desse que é o maior desafio profissional de minha carreira. Com a graça de Deus vamos ajudar o Brasil”, disse Sachsida.
Agradeço ao Presidente @jairbolsonaro pela confiança, ao min Guedes pela apoio e ao min Bento pelo trabalho em prol do país. Com muito trabalho e dedicação espero estar a altura desse que é o maior desafio profissional de minha carreira. Com a graça de Deus vamos ajudar o Brasil.
— Adolfo Sachsida (@ASachsida) May 11, 2022
Em 5 de maio Bolsonaro citou Bento Albuquerque e o presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, ao reclamar do reajuste no preço do diesel para as refinarias. “Vocês não podem, ministro Bento Albuquerque e senhor José Mauro, da Petrobras, não podem aumentar o preço do diesel. Não estou apelando, estou fazendo uma constatação levando-se em conta o lucro abusivo que vocês têm. Vocês não podem quebrar o Brasil. É um apelo agora: Petrobras, não quebre o Brasil, não aumente o preço do petróleo. Eu não posso intervir. Vocês têm lucro, têm gordura e têm o papel social da Petrobras definido na Constituição”, disse Bolsonaro.
Segundo o portal g1, o presidente fez as críticas pouco antes da divulgação pela Petrobras do resultado do primeiro trimestre, quando a empresa obteve lucro de R$ 44,561 bilhões. “O lucro de vocês é um estupro, é um absurdo. Vocês não podem aumentar mais os preços dos combustíveis”, afirmou Bolsonaro na ocasião.
Cinco dias após, a estatal anunciou novo reajuste do diesel em 8,87% para as distribuidoras. O valor médio do litro do combustível vendido pela petroleira passou de R$ 4,51 para R$ 4,91.