Após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), usar o boné com o bordado “CPX” em comício no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, o acessório virou febre entre os famosos. Desde que a peça ganhou os noticiários e as redes sociais, a empresa de bordados que confecciona o boné adotou uma força-tarefa para dar conta dos pedidos.
O cantor Tico Santa Cruz usou o sou o boné para conferir o Prêmio Multishow, essa semana, assim como Caio Blat, que vestiu a peça para uma visita à comunidade de Nova Brasília, dentro do Complexo. Filipe Ret também já encomendou o seu.
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A influenciadora digital Deise Gouveia, mais conhecida como Deise do Tompo, que é moradora do Complexo, não deixou o acessório passar batido. Ela compartilhou nas redes sociais uma foto demostrando seu orgulho.
Com o sucesso da peça, o ativista Rene Silva e o pessoal da ONG “Voz das Comunidades” criou uma espécie de “promoção”: doe uma cesta básica para famílias em situação de vulnerabilidade do conjunto de favelas e ganhe o boné CPX. Xuxá e Felipe Neto aderiram ação, que também foi um sucesso.
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A empresa de bordados recebeu mais de 500 solicitações pelo acessório em 24 horas. O trabalho incluiu a contratação de mão de obra em esquema de emergência e adoção de um turno na madrugada. A equipe contava com três funcionários, agora são oito.
“Estamos trabalhando 24 horas por dia, com atendimento redobrado e com funcionários extras”, contou Vitória Gonçalves, uma das sócias da gráfica Junior Bordados, que fica em Irajá.
A sigla “CPX”, que significa Complexo, é um termo usado para se referir aos conjuntos de favelas da cidade e está presente nas redes sociais da Polícia Militar e na Lei de Diretrizes Orçamentárias do Governo do Rio de Janeiro do ano que vem.
A sigla chegou a ser usada em fake news, com o significado distorcido de que seria uma associação com o tráfico de drogas.