Comissão do Senado: Campanha Feminicídio Zero vai atuar no futebol e no carnaval

A Campanha Feminicídio Zero objetiva uma mobilização nacional para mudar valores e comportamentos para combater o crescente índice d
Senador Paulo Paim (PT-RS) e a ministra das Mulheres Cida Gonçalves – Crédito: Geraldo Magela/Agência Senado

A Campanha Feminicídio Zero objetiva uma mobilização nacional para mudar valores e comportamentos para combater o crescente índice de violência contra a mulher, como explicou a ministra do Ministério das Mulheres, Cida Gonçalves, nesta quinta-feira (31), na Comissão de Direitos Humanos (CDH).

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O lançamento da campanha, na forma de uma audiência pública, foi conduzido pelo presidente do colegiado, senador Paulo Paim (PT-RS). A ministra explicou que a iniciativa busca mobilizar times de futebol, ligas de carnaval, igrejas, empresas e órgãos governamentais para tirar o Brasil do ranking de países que mais matam mulheres no mundo.

Recentemente divulgados, os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelam um aumento preocupante nas agressões decorrentes de violência doméstica.

Papel dos diferentes órgãos na Campanha Feminicídio Zero?

A campanha Feminicídio Zero envolve uma articulação entre múltiplos setores da sociedade. O Ministério das Mulheres lidera o esforço, conjuntamente com os três Poderes da República, empresas privadas e organizações da sociedade civil. Essa cooperação busca aumentar a conscientização e a prevenção, refletindo a urgência de abordar a violência de uma maneira sistêmica e estrutural.

Diversos clubes de futebol já aderiram à iniciativa, usando sua plataforma para promover mensagens que desafiam normas prejudiciais. Simultaneamente, eventos culturais como o carnaval também servem como veículo para discussão e reflexão, envolvendo a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (LIESA) em esforços educativos.

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Medidas específicas para prevenir o feminicídio

Dentro do escopo do Feminicídio Zero, são propostas estratégias variadas para prevenir agressões. Uma delas é a intensificação do apoio às vítimas, por meio de estruturas como a Casa da Mulher Brasileira, que fornece suporte essencial, redes de proteção e estímulo à autonomia financeira. Estão previstas novas unidades até o final de 2026, com suporte financeiro significativo já alocado para sua expansão.

Outra estratégia envolvida é a melhoria no atendimento de denúncias, reforçada pela modernização do Disque 180, que inclui agora atendimento por WhatsApp. Esse mecanismo é crucial para encorajar denúncias e garantir acesso rápido à assistência necessária para mulheres em risco.

Como futebol e carnaval podem ajudar na luta contra o feminicídio?

O futebol e o carnaval, ambos elementos profundamente enraizados na cultura brasileira, são centrais para a estratégia de conscientização da campanha. Nos dias de jogos e festas, historicamente, há um aumento nos casos de violência contra mulheres; assim, essas ocasiões são aproveitadas para disseminar mensagens que buscam transformar atitudes em relação à violência de gênero.

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As equipes de futebol que participam do projeto recebem diretrizes e treinamentos específicos para promover ambientes livres de violência e respeitosos.

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