O Ministério de Minas e Energia divulgou nesta semana uma análise técnica que concluiu pela não retomada do horário de verão em 2023, medida que havia sido suspensa em 2019, na gestão do então presidente Jair Bolsonaro.
Esta decisão se baseou em diversos fatores que demonstram a força do sistema energético nacional. A área técnica do Ministério de Minas e Energia avalia não ser necessário retomar em 2023 o horário de verão. No entanto, a decisão final sobre uma eventual retomada não cabe à pasta.
A avaliação é que a situação dos reservatórios e a oferta de fontes renováveis são suficientes para garantir o fornecimento de energia. A pasta ainda entende que o comportamento de consumo mudou ao longo do tempo, tornando a medida menos eficaz.
De acordo com dados do Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS), os níveis dos reservatórios das hidrelétricas devem chegar ao fim deste mês acima de 70% no Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte.
— Central da Política (@centralpolitcs) September 21, 2023
“É importante ressaltar que o período tipicamente seco está próximo do seu encerramento, o que torna os resultados de EAR [energia armazenada na forma de água nos reservatórios] mais relevantes”, diz o ONS.
Suspensão
Em 2019, no governo presidente Jair Bolsonaro (PL), o horário de verão foi suspenso. A medida já era avaliada no governo de Michel Temer (MDB ).
A suspensão do horário de verão resistiu inclusive à crise hídrica de 2021. Na época, o governo chegou a estudar a retomada da política, solicitando um parecer do ONS.
Horário
O horário de verão foi instituído pela primeira vez em 1931, no governo de Getúlio Vargas. Porém, só passou a ser adotado com constância a partir de 1985.
A medida foi criada para aproveitar a iluminação natural durante o verão, quando os dias são mais longos e as noites mais curtas. Dessa forma, há economia de energia e redução do risco de apagões.