BRIGA POR TERRAS

Indígenas de MS citados por Lula querem demarcação, enquanto fazendeiros concordam com venda de áreas

Presidente Lula propôs que Estado e Governo Federal comprem área para ‘salvar os Guarani’, mas proposta é refutada por indígenas

Presidente Lula propôs que Estado e Governo Federal comprem área para 'salvar os Guarani', mas proposta é refutada por indígena.
No entorno das aldeias vivem mais de 300 famílias – Créditos: Marcos Morandi/ Midiamax

Não queremos morar em uma grande fazenda. O que queremos é a legalização das nossas terras”. A afirmação é de um indígena que mora com a família de 9 pessoas em um pequeno barraco de uma das retomadas (acampamentos) no entorno da Reserva Indígena Federal de Dourados.

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A declaração é uma resposta, compartilhada pela comunidade Ñu Verá e também por entidades que atuam na causa indígena, depois da declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que durante visita a Campo Grande, na sexta-feira (12), propôs ao governador Eduardo Riedel (PSDB) que o Estado, junto da união, comprem uma área para “salvar os Guarani” que vivem em Dourados, cidade com a maior reserva indígena do Brasil.

A área onde as cerca de 300 famílias vivem não tem água potável e nem saneamento básico e é considerada de extrema miséria, já que as moradias são classificadas como insalubres. As famílias vivem com ajuda do Governo Federal, mas, segundo dizem, as cestas básicas não chegam para todos, o que acentua ainda mais a vulnerabilidade.

Segundo a liderança ouvida pelo Jornal Midiamax e que você viu no começo dessa reportagem, as comunidades que disputam espaço com sitiantes de Dourados já estão instaladas, mesmo que em condições precárias. Na avaliação dele, que preferiu não se identificar, é necessário que as autoridades reconheçam essas áreas ocupadas como território indígena.

“Enquanto isso não acontecer vamos continuar vivendo na miséria porque não podemos plantar nada sob risco de despejo. O que a gente quer é que essas terras sejam entregues definitivamente para nós, porque nos pertencem. Junto com a demarcação também precisam vir políticas públicas”, disse outra moradora da comunidade Ñu Verá.

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*Leia matéria completa em MidiaMax

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