rompimento de barragem

Ministério Público pede R$ 100 bilhões de indenização por tragédia de Mariana

Órgãos do Espírito Santo pedem a condenação das empresas Vale, BHP e Samarco

Mariana-Vale
(Crédito: Antonio Cruz/ Agência Brasil)
Órgãos dos Estados do Espírito Santo e Minas Gerais solicitaram o julgamento antecipado parcial de mérito pedindo a condenação das empresas Vale, BHP e Samarco ao pagamento de indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 100 bilhões pelas consequências do rompimento da Barragem da Samarco, em Mariana, Minas Gerais.

O pedido partiu do Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) e instituições do sistema de Justiça capixaba e de Minas Gerais. Os órgãos protocolaram juntos uma petição no Caso do Rio Doce na 4ª Vara Federal Cível e Agrária de Belo Horizonte/MG.

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Na petição, as instituições também requerem que seja reconhecido o direito dos atingidos às indenizações individuais.

“Não há qualquer dúvida acerca da ocorrência de tais danos avassaladores. O MPES entende haver provas suficientes para que o Juízo da 4ª Vara Federal de Belo Horizonte julgue parcial e antecipadamente a ação para condenar as empresas Vale, BHP e Samarco ao pagamento de R$ 100 bilhões de danos morais coletivos, além de reconhecer os direitos dos atingidos ao recebimento de indenizações individuais”, disse a coordenadora do Grupo de Trabalho para a Recuperação do Rio Doce (GTRD) do MP, Elaine Costa de Lima.

Segundo o MP-ES, o desastre atingiu, de forma direta ou indireta, 49 municípios, com um contingente populacional de 2.449.419 pessoas e o “dano coletivo se caracteriza pela privação dos serviços ambientais para as presentes e futuras gerações”.

Para o MP-ES, o valor da indenização pelo dano extrapatrimonial coletivo equivale a 20% do lucro líquido da Vale e da BHP, que tiveram lucro líquido divulgado em cerca de R$ 500 bilhões, nos últimos três anos e distribuíram aproximadamente R$ 355 bilhões aos acionistas.

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Rompimento da barragem

A tragédia ambiental provocou uma onda com rejeitos de mineração, deixou 19 pessoas mortas, devastou o Rio Doce e atingiu cidades mineiras e capixabas. O episódio completará oito anos no próximo dia 5 de novembro.

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