Parque Nacional Furna Feia

Mossoró: área de caatinga perto do presídio tem animais peçonhentos e cavernas

Segundo o prognóstico do ministro Ricardo Lewandowski, os fugitivos Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça estão transitando pela área

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Mossoró: Área de caatinga perto do presídio tem animais peçonhentos e cavernas – Crédito: Wikipedia

A penitenciária federal de Mossoró (RN) está localizada em uma área de caatinga, com cobras e aranhas peçonhentas e que abriga cerca de 400 cavernas, algumas delas integradas ao Parque Nacional Furna Feia. O local se tornou palco da primeira fuga em um presídio de segurança máxima no Brasil, ocorrida na última quarta-feira (14).

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Segundo o prognóstico do ministro da Justiça Ricardo Lewandowski, os fugitivos Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, estão transitando pela área.

Em entrevista à CNN, o gestor do parque, Leonardo Brasil, explicou as características do local. “A vegetação da caatinga, diferente da região amazônica, é uma região difícil de se ultrapassar. Ela tem um emaranhado denso de galhos, espinhos e herbáceas. Às vezes você está andando e se corta nos espinhos, prende o pé, tropeça. Não é simples”, disse.

Além disso, Leonardo explicou que há diversas espécies de cobras, aranhas peçonhentas e animais venenosos endêmicos, que vivem somente naquela região.

Lá vivem cobras peçonhentas, como a jararaca e a cascavel, além de outros animais que podem oferecer perigo, como aranhas e escorpiões típicos do bioma caatinga. Além disso, a área abriga felinos silvestres, como a jaguatirica e mais de 200 espécies de aves”, explicou.

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Cerca de 400 cavernas

O Parque Nacional da Furna Feia foi criado por um Decreto Presidencial, em 2012. Segundo dados do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, ele abrange uma área de aproximadamente 8500 hectares e abriga lagoas, cavernas e rios subterrâneos.

Dentro do parque, estão catalogadas 251 cavernas. Porém, há diversas cavidades em toda a área que circunda o parque, em áreas de plantações e fazendas particulares, já que a região abriga fragmentos de mata e é uma das maiores áreas de fruticultura.

Nas imediações do presídio, existem também áreas privadas de cultivo, vegetação natural e passagens, que, quando somadas à extensão do parque, totalizam cerca de 25.000 hectares, equivalente a 25 campos de futebol.

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O Instituto Chico Mendes recentemente observou que a região abriga pelo menos 20 comunidades, incluindo pequenas vilas, fazendas, projetos de assentamento e o campus rural da Universidade Federal Rural do Semi-Árido.

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