Integrantes do Ministério Público de São Paulo (MPSP) informaram à CNN, nesta segunda-feira (11), que já identificaram as delegacias onde estariam lotados os policiais suspeitos de envolvimento no assassinato do empresário Antonio Vinicius Gritzbach, ocorrido no aeroporto de Guarulhos.
De acordo com as informações, esses policiais trabalham em duas delegacias no bairro do Tatuapé, na zona leste da capital paulista, além de estarem vinculados a departamentos especializados, como o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Colaboração do empresário indicou apoio ao PCC
Fontes do MP afirmaram que, em sua colaboração, Gritzbach descreveu situações nas quais policiais dessas delegacias teriam atuado em benefício do PCC (Primeiro Comando da Capital). Para avançar nas investigações, o Ministério Público de São Paulo deu início a uma força-tarefa nesta segunda-feira, em parceria com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a Corregedoria da Polícia e órgãos de inteligência, visando não só identificar os envolvidos na morte do empresário, mas também apurar ligações com a facção criminosa.
O MP pretende também solicitar a rescisão do acordo de colaboração premiada do empresário assassinado. Pedirá ainda que a Justiça autorize o uso das provas fornecidas por ele, para assegurar que o processo não seja questionado futuramente quanto à validade das informações. Até o momento, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo não se pronunciou sobre o caso.
Delegacias do Tatuapé já foram alvo de operações contra o crime organizado
O bairro do Tatuapé, onde estão localizadas algumas das delegacias mencionadas na investigação, é historicamente visado em operações de combate ao crime organizado em São Paulo. A região já foi palco de diversas ações policiais para desarticular células de facções criminosas, dada sua posição estratégica na zona leste da capital, com fácil acesso a vias importantes e ao Aeroporto de Guarulhos.
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