investigação em andamento

“Nenhuma força estrangeira manda na PF”, diz Dino após prisão de brasileiros suspeitos de ligação com Hezbollah

O ministro reforçou, ainda, que os mandados cumpridos ontem (8) derivaram de decisões do Poder Judiciário do Brasil

Após prisão de brasileiros, Dino fez uma publicação afirmando que "nenhuma força estrangeira manda na Polícia Federal do Brasil".
(Crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Um dia depois de a Polícia Federal (PF) realizar uma operação contra brasileiros suspeitos de ligação com o grupo xiita armamentista Hezbollah, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, fez uma publicação extensa em suas redes sociais, afirmando que “nenhuma força estrangeira manda na Polícia Federal do Brasil“.

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Nenhum representante de governo estrangeiro pode pretender antecipar resultado de investigação conduzida pela Polícia Federal, ainda em andamento“, acrescentou Dino.

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O ministro reforçou, ainda, que os mandados cumpridos ontem (8) derivaram de decisões do Poder Judiciário do Brasil e que, se indícios existem, é “dever da PF investigar, para confirmar ou não as hipóteses investigativas“. Segundo ele, a conduta do órgão decorre exclusivamente das leis brasileiras, e nada tem a ver com conflitos internacionais. “Não cabe à Polícia Federal analisar temas de política externa“, pontuou.]

Foi repassado à divisão antiterrorismo da PF em Brasília o alerta de que brasileiros – muitos com passagem criminal – estavam sendo aliciados e contratados por comandantes do Hezbollah no Líbano, para promover ataques no Brasil.

Dois deles foram presos na noite de terça-feira (7) e na manhã de quarta (8) em São Paulo. Os homens, que não tiveram a identidade divulgada, foram detidos em caráter temporário. Um delegado de Brasília envolvido nas apurações viajou para o estado a fim de ouvir os presos. Ainda não está definido se os suspeitos ficarão em São Paulo ou serão transferidos para Brasília.

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Outros dois brasileiros residentes do Líbano são alvo de um mandado de prisão a ser cumprido pela Interpol, sob suspeita de envolvimento com o planejamento de atos de terrorismo no Brasil. Ambos têm dupla nacionalidade – brasileira e libanesa.

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