No dia 20 de abril de 2008, o padre Adelir de Carli, nacionalmente conhecido como “Padre do Balão”, embarcou de Paranaguá, no Paraná, para um trágico voo de balões de gás hélio. O objetivo do Padre era chamar a atenção para um projeto social que ajudaria caminhoneiros. O religioso também queria A viagem quebrar o recorde mundial de voo com balões de festa. O padre iria até o Mato Grosso do Sul, mas seus restos mortais foram encontrados meses depois, no mar, no estado do Rio de Janeiro.
Antes de embarcar, o padre do balão foi questionado, em entrevista à TV Globo, se não era “teimosia” embarcar com o tanta chuva, mas ele respondeu que em cerca de dez minutos estaria acima das nuvens e, por isso, não seria afetado.
Repórter: não é teimosia voar com essa chuva?
Padre do balão: Não pq eu vou subir acima dela pic.twitter.com/TBvCM9mN4j— João Carlo (@Joaocarlllo) April 20, 2023
Logo após o embarque, o padre perdeu a comunicação com autoridades, mas antes, ele comentou que as condições climáticas eram desfavoráveis e citou problemas com o dispositivo de navegação GPS: “Eu preciso entrar em contato com o pessoal para que eles me ensinem a operar esse GPS aqui para dar as coordenadas de latitude e longitude que é a única forma que alguém por terra possa saber onde eu estou. O celular via satélite fica saindo de área e além do mais a bateria está enfraquecendo”.
Quem era o Padre do Balão?
Adelir Antônio de Carli nasceu em Ampére, no Paraná, em 8 de fevereiro de 1967. Em agosto de 2003 virou padre e assumiu a Paróquia de São Cristóvão, em Paranaguá, no ano seguinte. Era um paraquedista experiente e, com o voo que acabou em tragédia, ele queria arrecadar dinheiro para financiar as obras de um hotel para caminhoneiros.