Nesta sexta-feira (25), o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, relembrou o episódio em que respondeu “Perdeu, mané, não amola” a um bolsonarista que o questionou sobre as urnas eletrônicas brasileiras.
Durante uma palestra do Fórum de Cidadania Política, que ocorreu na sede do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), em Salvador, Barroso disse que humanamente perdeu a paciência no ocorrido. “Gostaria de dizer que só perdi a paciência depois de três dias, em que uma horda de selvagens andava atrás de mim, me xingando de todos os nomes que alguém possa imaginar”, afirmou.
“Mas eu, como todas as pessoas, tenho o maior respeito e consideração pelos 58 milhões de pessoas que votaram em um candidato. Porque, como eu disse antes, a democracia não é um modelo de ‘alguns’, é o governo de todos e, portanto, todos merecem respeito e consideração, mas os humanos têm o direito de perder a paciência em alguns momentos da vida”, disse.
Ainda durante a palestra, Barroso destacou que na democracia sempre haverá oposição, no entanto, ela não pode ser na base do ódio e da agressão.
“As pessoas perderam o limite da civilidade movidas pelo ódio. É isso que precisamos desfazer no Brasil. [Temos] o direito de discordar, mas sem o ódio, sem a ofensa, sem a agressão”, pontuou.