homicídio

Quem é o homem suspeito de matar o vizinho de seu prédio em Ribeirão Preto?

De acordo com relatos da administração do condomínio, Sérgio acumulava denúncias por comportamento agressivo e ameaças contra outros moradores e membros da administração

A Polícia Civil de Ribeirão Preto (SP) instaurou um inquérito para investigar a morte de Júlio César da Silva, de 60 anos, ocorrida na quarta-feira (26) após ser violentamente atacado por seu vizinho, Sérgio Salomão Bernardes, no centro da cidade.
S[ergio foi preso em flagrante – Créditos: Reprodução

A Polícia Civil de Ribeirão Preto (SP) instaurou um inquérito para investigar a morte de Júlio César da Silva, de 60 anos, ocorrida na quarta-feira (26) após ser violentamente atacado por seu vizinho, Sérgio Salomão Bernardes, no centro da cidade.

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Sérgio foi preso em flagrante e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. O crime está sendo tratado como homicídio, e a polícia está investigando possíveis motivações e se houve premeditação.

O caso tem raízes em um histórico de conflitos no Condomínio Parque Residencial Jardim das Pedras, onde ambos moravam. De acordo com relatos da administração do condomínio, Sérgio acumulava denúncias por comportamento agressivo e ameaças contra outros moradores e membros da administração.

“Os boletins de ocorrência envolvem crimes como perseguição, ameaça à integridade física e psicológica e injúria, praticados dentro do residencial”, afirmou um representante da Polícia Civil.

Júlio César, natural de Franca (SP), era bem visto pelos vizinhos. Seu irmão, Marcos Antônio da Silva, descreveu-o como uma pessoa gentil e atenciosa: “Todo mundo gostava dele. Ele era muito sentimental com as pessoas. Sempre fazia uma gentileza de levar uma fruta, esse tipo de coisa.”

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No entanto, os conflitos com Sérgio culminaram em tragédia. No dia anterior ao crime, o condomínio havia entrado com uma ação para expulsar Sérgio devido ao seu comportamento conturbado e às ameaças constantes.

Como Sérgio matou seu vizinho?

Apesar dos problemas no condomínio, o incidente fatal ocorreu fora das suas dependências. Segundo relatos, Sérgio e Júlio César iniciaram uma discussão na Rua Barão do Amazonas, próxima à Rua Mariana Junqueira, que resultou em violência física. Testemunhas afirmaram que Sérgio desferiu socos contra Júlio César, fazendo-o cair e bater a cabeça na calçada, sendo posteriormente pisoteado no tórax.

A Guarda Civil Metropolitana foi acionada por uma testemunha e prestou os primeiros socorros. Júlio César foi levado à Santa Casa de Ribeirão Preto, mas não resistiu aos ferimentos e veio a falecer.

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Depoimento de Sérgio

Na delegacia, Sérgio afirmou ter agido em legítima defesa, alegando que Júlio César o provocava e incitava outros moradores contra ele. No entanto, moradores relataram que as explosões de violência de Sérgio eram frequentes e muitas vezes sem motivo aparente.

O caso segue sob investigação para esclarecer todos os detalhes e determinar as responsabilidades pela morte de Júlio César da Silva.

Histórico de violência

Os moradores do condomínio em Ribeirão Preto relataram ao g1 que os episódios de raiva de Sérgio eram constantes e, muitas vezes, por razões pequenas. “O motivo dele era fútil. Se caísse uma colher no chão, a pessoa estivesse no andar de cima e batesse o pé um pouquinho mais forte, um latido de um cachorro, qualquer coisa motivava a violência. Ele xingava e a gente tinha que ficar quieto”, relatou um morador que preferiu não se identificar.

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Anteriormente, os condôminos tentaram conversar com Sérgio para fazê-lo parar e chegar a uma conclusão razoável, porém, como explica a dona de casa Valéria Maciel, isso só o deixava com mais raiva e os moradores eventualmente desistiram.

“Ele não aceitava, ficava bravo. O Sérgio é complicado, ele não gostava que chamasse a atenção dele. Ele era uma pessoa que batia uma madeira a noite inteira no prédio, no apartamento dele, uma marreta, xingava, gritava na janela. E não aceitava que chamasse a atenção dele. Tirava o sossego. A polícia sempre era chamada, mas não podia fazer nada”, disse Valéria.

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