O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, determinou nesta quinta-feira (17) que a Justiça Federal analise uma ação movida contra o presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, por perseguição ideológica, discriminação contra funcionários da instituição e assédio moral.
Em outubro de 2021, a Justiça do Trabalho já havia determinado que Camargo fosse proibido de nomear e exonerar servidores da Fundação Palmares. Até que nova análise seja feita, Gilmar Mendes manteve a decisão do tribunal.
Acerca de comentários recentes publicados nas redes sociais, Gilmar os classificou como graves e seu comportamento como “incompatível com a função pública”.
Mendes afirmou também que o Camargo tem “inclinação à prática de atos discriminatórios motivados por perseguição, racismo e estigmatização social”, o que deve ser investigado.
Além disso, servidores concursados da Palmares teriam pedido demissão por causa de um clima de terror psicológico criado na instituição sob o comando de Camargo, que perseguiria o que ele define por “esquerdistas”.
Funcionários também disseram que Camargo chamava um ex-diretor da Palmares de “direita bundão” por não exonerar “esquerdistas” da Fundação.
Sérgio Camargo foi nomeado por Roberto Alvim, ex-secretário especial da Cultura, em novembro de 2019.
A ação por assédio moral saiu da Justiça do Trabalho e foi remetida para a Justiça Federal, na qual deveria estar desde o começo.
— Sérgio Camargo (@CamargoDireita) February 17, 2022
Provaremos que as acusações são narrativas criadas por “direitistas” que tive a infelicidade de nomear em conluio com militantes de esquerda…⬇️ pic.twitter.com/vH9JhvaXCE