Por Lilian Coelho
300 mil mortes depois, Presidentes da Câmara, do Senado, da República, representantes do STF e governadores chegaram à conclusão de que o Brasil precisa de vacinas. Precisa que a população seja vacinada o mais rápido possível. Precisa de insumos para produzir imunizantes. Precisa de acordos com laboratórios, de unidade entre órgãos federais, estaduais e municipais, precisa de uma visão única quanto à pandemia.
Um ano atrás, o coronavírus mostrava sua força – e continua mostrando. Dessa vez, numa segunda onda ainda mais devastadora. Antes, as vítimas eram os idosos e pessoas com comorbidades. Agora, jovens, atletas, recém-nascidos….O vírus não poupa ninguém. Que estejamos preparados para uma terceira onda, se a gente ainda estiver aqui.
Uma reunião em Brasília selou a união entre os 3 poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário estão unidos diante de uma causa: o combate à pandemia. Todos, de máscara, com o mesmo discurso, deixaram clara qual a prioridade agora. Qual o inimigo a ser combatido. De onde querem tirar o Brasil (do topo da lista mundial de mortes por Covid, talvez?). O inimigo, agora, é outro. A frase tirada de um filme é nosso lema.
Após a reunião entre o presidente Jair Bolsonaro, Luiz Fux, presidente do STF, Arthur Lira, presidente da Câmara, Rodrigo Pacheco, do Senado, e governadores, foi anunciada a criação de um comitê de enfrentamento à doença. Segundo o chefe do Executivo, a equipe vai realizar encontros semanais para acompanhar as ações de combate ao Coronavírus.
O ministro Marcelo Queiroga, que acaba de chegar na pasta da Saúde com a responsabilidade que é atribuída a um médico, se comprometeu com o diálogo.
“A reunião foi caracterizada pela harmonia entre os poderes, a defesa do fortalecimento do SUS, dos estados, União e municípios, para que tenhamos agilidade na campanha de vacinação”.
Entusiasmado, Fux disse que estudará estratégias para evitar a judicialização em casos relacionados à pandemia. “Como o Poder Judiciário é o último player a aferir a legitimidade dos atos que serão praticados, ele não pode participar diretamente deste comitê. Entretanto, como os problemas da pandemia exigem soluções rápidas, nós vamos verificar estratégias capazes de evitar a judicialização, que é um fator de demora na tomada dessas decisões”. Ele afirmou que “dessa reunião, ficou claro um binômio muito importante: exemplo e esperança”.
Assim seja.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Perfil Brasil.