Recentemente, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) anunciou mudanças significativas nas normas de segurança para veículos fabricados no Brasil. Estas novas regras entram em vigor a partir de janeiro de 2024 e afetam diversos aspectos de segurança nos automóveis. As mudanças visam aumentar a proteção dos ocupantes dos veículos e, consequentemente, promover uma redução no número de acidentes em estradas e cidades.
Essas exigências obrigatórias são parte de um cronograma que vem sendo implementado gradativamente há mais de uma década. Mudanças anteriores já haviam introduzido itens de segurança como airbags duplos e freios ABS. Agora, a obrigatoriedade se estende para novos elementos, buscando adaptar o cenário nacional ao panorama internacional em termos de segurança automotiva.
Quais itens de segurança tornaram-se obrigatórios?
A partir de 2024, todos os veículos fabricados no Brasil devem vir equipados com seis itens obrigatórios de segurança. Entre esses, o controle eletrônico de estabilidade (ESP) é talvez o mais significativo, sendo crucial para evitar derrapagens e perda de controle do veículo em diversas condições de dirigibilidade. Outro item é o alerta de cinto de segurança afivelado no painel, um recurso que visa garantir que todos os ocupantes do veículo estejam devidamente protegidos.
Incluem-se ainda a indicação de frenagem brusca, conhecida como pisca alerta automático, e a luz de rodagem diurna (DRLs), que melhora a visibilidade do carro, mesmo durante o dia. Também se tornam obrigatórios os repetidores de seta nos para-lamas ou retrovisores. Uma medida adicional é a obrigatoriedade de teste de colisão lateral para assegurar a resistência dos veículos em caso de impactos desta natureza.
Impacto para carros de entrada e modelos anteriores
Muitas montadoras já vinham se adequando a estas normas, com versões de entrada de diversos modelos já equipadas com a maioria desses itens. Contudo, é importante para os consumidores estarem atentos ao comprar veículos, especialmente modelos remanescentes das linhas de 2023 e 2024, que podem não incorporar essas características.
É relevante mencionar que, enquanto esses requisitos já valem para veículos de passeio, para veículos comerciais, como ônibus e caminhões, a implementação do controle de estabilidade foi prorrogada e só ser tornará obrigatória em janeiro de 2025.
Por que a implementação delas foi adiada?
Originalmente, as novas regras estavam programadas para começar já em 2021. No entanto, devido à pandemia de Covid-19, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) argumentou a inviabilidade do prazo. A escassez de insumos e a logística impactada pela pandemia foram fatores decisivos para o adiamento das exigências, dando às montadoras um período maior para adaptação e adequação de suas linhas de produção.
Portanto, com a implementação destas normas a partir de 2024, o Brasil se alinha melhor com práticas internacionais, focando em um trânsito mais seguro e em veículos mais preparados para enfrentar as variáveis do cotidiano rodoviário.
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