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Radar Doppler: como funciona a nova fiscalização de velocidade implementada em SP?

Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), há sete máquinas na capital paulista que já operam com esta tecnologia

Um novo tipo de radar de fiscalização de trânsito busca "consertar" o comportamento de motoristas que excedem o limite de velocidade de vias, porém, quando avistam uma câmera, reduzem na iminência de serem multados.
CET pretende completar a instalação até 2025 – Créditos: Divulgação

Um novo tipo de radar de fiscalização de trânsito busca “consertar” o comportamento de motoristas que excedem o limite de velocidade de vias, porém, quando avistam uma câmera, reduzem na iminência de serem multados. Trata-se do modelo Doppler de radares.

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Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), há sete máquinas na capital paulista que já operam com esta tecnologia. O intuito é substituir todos os modelos antigos até o começo de 2025. Além de São Paulo, mais 24 estados brasileiros adotaram os radares Doppler, em capitais como Curitiba, Salvador e João Pessoa.

Como funciona o radar Doppler?

Primeiramente, vale explicar como operam as atuais máquinas de fiscalização. São instalados, abaixo do asfalto, sensores eletromagnéticos que calculam o tempo que um veículo leva para passar de um ponto ao outro. Portanto, a velocidade a qual o carro trafega imediatamente antes ou depois deste trecho não interfere na medição.

O radar Doppler busca ampliar esta aferição. O dispositivo emite ondas eletromagnéticas contínuas que, quando rebatidas pelo veículo, mudam de frequência e permitem o cálculo da velocidade. Um diferencial deste modelo é o alcance: é possível medir precisamente o movimento de um carro 100 metros antes ou depois do local de instalação do radar. Busca-se, desta maneira, punir motoristas que reduzem na iminência de um radar e voltam a acelerar logo após saírem do curto alcance do equipamento.

Além da velocidade, a máquina consegue detectar se o veículo está parado sobre a faixa de pedestres, infringiu a sinalização vermelha, realizou uma conversão proibida ou se o condutor usava o celular enquanto dirigia. Outra vantagem é a falta de necessidade de furar o pavimento para instalá-lo, o que categoriza o radar Doppler como “náo-intrusivo”.

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O nome é uma homenagem ao físico Christian Andreas Doppler, estudioso do comportamento de ondas e descobridor do famoso “efeito Doppler”, que ocorre quando um objeto móvel emite ondas para um referencial estático. O fenômeno é muito perceptível quando se ouve, por exemplo, a mudança no som de alarme de uma ambulância conforme ela passa por uma pessoa.

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