A cápsula Starliner, da Boeing, a qual transportou os dois astronautas presos na Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês), iniciou seu retorno à Terra na sexta-feira, 6, e aterrissou por volta da 1h deste sábado, 7, no horário de Brasília, no deserto do Novo México, nos Estados Unidos. A missão, que enfrentou problemas com o sistema de propulsão, foi um teste crucial para a empresa e a NASA.
No entanto, vale ressaltar que a cápsula Starliner retornou à Terra sem tripulação, uma decisão que, segundo Bill Nelson, administrador da NASA, reflete um forte compromisso com a segurança. Wilmore e Suni Williams, astronautas que permanecem na ISS, só devem retornar à Terra em fevereiro de 2025 utilizando outra cápsula.
A Boeing realizou testes rigorosos nos propulsores da cápsula tanto no solo quanto no espaço. No entanto, a NASA considerou que os riscos associados ao sistema de propulsão eram altos demais para arriscar trazer os astronautas presos de volta na Starliner.
O pouso foi feito no Parque Nacional White Sands, no estado do Novo México, Estados Unidos, onde equipes da Boeing e da NASA estavam prontas para receber o veículo. O retorno foi transmitido ao vivo pela NASA, mostrando a Starliner desacelerando com uma série de paraquedas e airbags para garantir um pouso seguro.
Os problemas enfrentados pela Starliner e o caso dos astronautas presos
Desde seu desenvolvimento, a Starliner enfrentou uma série de problemas que atrasaram seu progresso e aumentaram os custos em mais de US$ 1,6 bilhão desde 2016. Recentemente, em junho, Butch Wilmore e Suni Williams decolaram a bordo da cápsula, com a expectativa de completar o teste com sucesso.
No entanto, problemas no sistema de propulsão impediram que a cápsula atingisse o impulso necessário para retornar à Terra conforme o planejado. Esses problemas técnicos levaram à decisão de manter a Starliner acoplada à ISS até seu retorno programado para fevereiro de 2024.
Apesar dos desafios, a Boeing e a NASA continuam otimistas sobre o futuro da Starliner. Bill Nelson afirmou com confiança que a cápsula ainda tem potencial para missões tripuladas futuras. A Boeing declarou que seu foco principal permanece na segurança da tripulação e da espaçonave. A missão recente, apesar dos problemas, foi executada conforme as determinações da NASA, preparando o caminho para um eventual retorno seguro com tripulação.