Mais de 300 mil ucranianos chegaram a países vizinhos desde o início da invasão russa, de acordo com um novo balanço da agência das Nações Unidas para os refugiados, divulgado neste domingo, 27.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados disse, pelo Twitter, que os números de pessoas que fogem das tropas russas estão em constante mudança e que outra atualização será emitida ao longo do dia.
A estimativa no sábado foi de que pelo menos 150 mil pessoas fugiram da Ucrânia para a Polônia, Hungria e Romênia. O governo da Polônia disse, no sábado, que mais de 100 mil ucranianos tinham atravessado a fronteira polaco-ucraniana nas últimas 48 horas.
“We fled as soon as the first bombs fell. It took us 12 hours just to get out of Kyiv. We’ve been waiting here for 36 hours now.”
— UNHCR, the UN Refugee Agency (@Refugees) February 27, 2022
– Olga, who has reached the border with Poland, seeking safety with her 2-year-old son and 8-year-old daughter. https://t.co/DNSimMoFaj
Neste domingo, autoridades ucranianas e russas concordaram em se reunir para negociações em um local na fronteira da Ucrânia com Belarus, disse o escritório do presidente Volodymyr Zelensky. As negociações seriam realizadas sem condições prévias e são resultado de um telefonema entre Zelensky e o presidente bielorrusso. Mas em pronunciamento, o ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, disse que a Ucrânia “não abrirá mão de um único centímetro do território“.
"They have only one hope. That they can go home as soon as possible."
— UNHCR, the UN Refugee Agency (@Refugees) February 27, 2022
– @ChrisMelzer_NYC in Zosin, on the Polish border with Ukraine. pic.twitter.com/aB5HdmmjaF
Ofensiva militar
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeio de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano. A Organização das Nações Unidas (ONU) informou 150 mil deslocados para a Polônia, Hungria, Moldávia e Romênia.
O presidente russo Vladimir Putin disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender. O Kremlin acrescentou que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), União Europeia e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
(com informações da Agência Brasil)