Após a sanção da Lei de Bases e a reforma fiscal na Câmara dos Deputados, o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, e o presidente do Banco Central da República Argentina (BCRA), Santiago Bausili, apresentaram a segunda etapa do programa econômico do governo. Eles evitaram definir uma data para o fim do controle cambial e informaram que começa uma fase de “emissão zero”.
Do Microcine do Palácio da Fazenda, o ministro argumentou que na primeira etapa, “fechamos a torneira da emissão de dinheiro por déficit fiscal, algo que foi enormemente abusado durante o governo passado e que gerou todo esse desbalanço e essa inflação que estamos vendo”. “Nesta segunda etapa, estamos fechando a torneira dos juros que o BCRA paga pelos passivos remunerados”, acrescentou.
“Emissão zero”: em que consiste a segunda etapa do plano Caputo
Concretamente, o que a equipe econômica busca é aprofundar a “transferência” da dívida do Banco Central para o Tesouro, que vem sendo realizada nos últimos meses. Ou seja, trocar os passivos por letras capitalizáveis, conhecidas como LECAP, a fim de sanear o balanço da autoridade monetária.
A esse respeito, Bausili informou que haverá “mecanismo de esterilização, similar ao que existe hoje com os passes do BCRA, mas estarão centrados em uma Letra de Regulación Monetaria, que é onde os bancos vão colocar seus excessos de liquidez”. “Será administrada pelo BCRA, mas constituída no balanço do Tesouro”, afirmou o chefe da entidade financeira.
Por sua vez, Caputo vinculou a razão da sua conferência compartilhada à necessidade de “dar maior certeza e solidez ao programa econômico para que cesse a ansiedade em relação a quando será a saída do controle cambial”.
🚨 El anuncio de Luis Caputo:
– Emisión CERO
– Reducción DRÁSTICA del IMPUESTO PAÍS
– NO se va a devaluar ❌
– Se eliminará el 90% de los impuestos
– Superávit fiscal todos los meses#EmisionCero pic.twitter.com/zigdlgccdB— Cristina Perez (@CristinaPerezTV) June 28, 2024
Quanto às restrições cambiais que ainda estão vigentes, o ministro destacou que não estão “apaixonados” pelo regime herdado da administração de Alberto Fernández. “Nós nos apaixonamos pela ordem macroeconômica e por não gerar um problema para os argentinos”, argumentou.
E continuou: “A saída do controle cambial é uma terceira etapa. Não estabelecemos uma data, mas sim parâmetros que essencialmente implicam ordem macroeconômica, para que quando fizermos isso, estejamos o mais seguros possível de que não causará nenhum sobressalto na população, como uma alta do dólar”.
*Leia a matéria completa (em espanhol) em Perfil.com
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