
Em 2024, a desigualdade salarial no Brasil tornou-se um tema de destaque, com diversas profissões recebendo menos do que o salário mínimo estabelecido. De acordo com um levantamento realizado por um economista da consultoria LCA 4intelligence, cerca de 20 profissões tiveram uma remuneração inferior a R$ 1.412 por mês. Este cenário revela uma disparidade significativa entre as diferentes ocupações no país.
Enquanto o salário médio no Brasil alcançou R$ 3.225, o maior já registrado na série histórica, algumas profissões enfrentaram dificuldades financeiras. Profissionais como cuidadores de crianças, trabalhadores da preparação do fumo e cigarros, e técnicos de galerias de arte e museus estão entre aqueles que receberam menos de um salário mínimo em 2024.
Quais profissões receberam menos de um salário mínimo?
Os cuidadores de crianças, por exemplo, tiveram uma renda média de R$ 1.395, apenas R$ 17 abaixo do salário mínimo. Já os acompanhantes e criados particulares receberam em média R$ 405 mensais, uma diferença de R$ 1.007 em relação ao mínimo. Outras profissões que também enfrentaram baixos salários incluem trabalhadores elementares da construção de edifícios, vendedores ambulantes de serviços de alimentação e artesãos de pedra, madeira e materiais semelhantes.
Por que algumas profissões recebem tão pouco?
Vários fatores contribuem para a baixa remuneração de certas profissões no Brasil. A informalidade no mercado de trabalho, a falta de regulamentação adequada e a baixa demanda por determinados serviços são alguns dos motivos. Além disso, a valorização desigual de diferentes setores econômicos também impacta diretamente os salários.

Como a desigualdade salarial afeta a economia brasileira?
A desigualdade salarial tem implicações significativas para a economia do país. Ela pode levar a um aumento na pobreza e na desigualdade social, além de limitar o poder de compra de uma parcela significativa da população. Isso, por sua vez, pode afetar o crescimento econômico, já que o consumo interno é um dos principais motores da economia brasileira.
Para enfrentar esse desafio, é crucial que políticas públicas sejam implementadas para garantir salários justos e condições de trabalho adequadas para todos os trabalhadores. Isso inclui a regulamentação de profissões informais e o incentivo à educação e qualificação profissional, de modo a aumentar a empregabilidade e a remuneração média dos trabalhadores.
Siga a gente no Google Notícias