No trimestre encerrado em novembro de 2024, o mercado de trabalho brasileiro apresentou avanços significativos, refletindo em uma taxa de desemprego de 6,1%, a menor registrada para este período desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) em 2012. Este índice representa uma queda de 0,5 ponto percentual em comparação com o trimestre anterior, encerrado em agosto de 2024.
Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a população desocupada caiu para 6,8 milhões de pessoas, uma redução de 7,0% comparada ao trimestre anterior. Esta diminuição também foi percebida em uma comparação anual, com uma queda ainda mais expressiva de 1,4 milhão de indivíduos em relação ao mesmo período de 2023.
1. No trimestre móvel encerrado em novembro de 2024, a taxa de desocupação recuou para 6,1%, a menor da série histórica da PNAD Contínua, iniciada no primeiro trimestre de 2012. pic.twitter.com/F27sRSAVQ0
— IBGE Comunica (@ibgecomunica) December 27, 2024
Quais são as mudanças na ocupação no Brasil e as marcas de desemprego?
A população ocupada atingiu novos recordes, totalizando 103,9 milhões de pessoas no mês de novembro. Esta marca representa um incremento de 1,4% em relação ao trimestre anterior, e de 3,4% quando comparado ao ano precedente. O nível de ocupação também alcançou um pico histórico, com 58,8% da população em idade ativa engajada no mercado de trabalho.
O crescimento da população que não vive o desemprego foi impulsionado pelo aumento dos empregos no setor privado, tanto formais quanto informais, e no setor público. O destaque também vai para o crescimento do número de trabalhadores por conta própria e domésticos, que registraram um incremento de 1,8% e 3,2%, respectivamente, no trimestre encerrado em novembro.
A taxa de subutilização da força de trabalho, que considera os desocupados, pessoas que trabalham menos horas que poderiam e aquelas disponíveis para trabalhar, mas que não buscam emprego, caiu para 15,2%. Esta é a menor taxa desde dezembro de 2014, sinalizando uma melhoria no equilíbrio entre oferta e demanda de trabalho.
O contingente de pessoas subutilizadas também experimentou uma redução significativa, atingindo 17,8 milhões, número que representa uma diminuição de 3,9% em comparação ao trimestre anterior e de 11,0% em relação ao ano passado.
Qual o impacto da informalidade no mercado de trabalho?
A informalidade continua desempenhando um papel substancial no mercado de trabalho brasileiro. No trimestre encerrado em novembro de 2024, a taxa de informalidade foi de 38,7%. Embora ligeiramente inferior ao registrado no trimestre anterior, ela ainda indica que uma parcela significativa da força de trabalho opera fora do formalismo legal.
Este cenário é evidenciado pelo grande número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado, que, embora tenha permanecido estável no trimestre, apresentou um aumento de 7,1% em comparação com 2023. A informalidade é um aspecto crucial a ser abordado para garantir estabilidade e segurança aos trabalhadores.
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