Jornada de Trabalho Reduzida: Brasil discute nova lei sem cortes; entenda

Jornada de Trabalho Reduzida: Um Caminho Possível para o Brasil? Confira as implicações, o que está sendo discutido e onde já deu certo!

Jornada de Trabalho Reduzida - pessoa trabalhando feliz - Créditos depositphotos.com IgorVetushko
Jornada de Trabalho Reduzida – pessoa trabalhando feliz – Créditos depositphotos.com IgorVetushko

Recentemente, o Brasil considera a implementação de uma jornada de trabalho reduzida como medida para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores sem afetar seus salários. Essa proposta surge no contexto de uma transformação global, iniciada por países como a Islândia, que testemunhou benefícios significativos na economia e no bem-estar de seus trabalhadores. Com o progresso do Projeto de Lei (PL) 1105/2023, a possibilidade de uma semana de trabalho de quatro dias está mais próxima da realidade nacional.

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A proposta, que já recebeu aprovação da Comissão de Assuntos Sociais e aguarda votação no Senado, foca em acordos coletivos para implementar essa redução de horas sem prejuízo financeiro para os trabalhadores. A iniciativa não apenas traz discussão sobre melhor produtividade e equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, mas também destaca a viabilidade econômica de tal sistema no Brasil.

Quais são as Bases do Projeto de Lei 1105/2023 no Brasil?

O Projeto de Lei 1105/2023 propõe a adoção de uma jornada semanal de quatro dias, sem corte nos salários, com o intuito de seguir tendências globais e promover um equilíbrio melhor entre trabalho e vida pessoal. Esse modelo não é novidade em outros países que já testam ou implementam semanas de trabalho curtas, como França e Alemanha. A medida pretende ser acordada apenas por meio de convenções e acordos coletivos, não permitindo negociações individuais.

A proposta chega em um momento de redefinição sobre a relação entre tempo de trabalho e produtividade, em especial no cenário pós-pandemia, onde se percebeu a importância do bem-estar dos trabalhadores. Além disso, dados do Dieese mostram que a proporção de custos trabalhistas no Brasil em relação à produção não é alta, o que sugere viabilidade nesse novo formato.

A Experiência Islandesa e Seus Impactos Positivos

Jornada de Trabalho Reduzida - pessoa trabalhando feliz - Créditos depositphotos.com poznyakov
Jornada de Trabalho Reduzida – pessoa trabalhando feliz – Créditos depositphotos.com poznyakov

Um exemplo emblemático que inspira o debate no Brasil é a experiência da Islândia, onde a redução da jornada para quatro dias resultou em vantagens significativas para a economia e a saúde dos empregados. Com testes abrangendo mais de 2.500 trabalhadores, foi possível observar manutenção ou elevação dos níveis de produtividade, enquanto o bem-estar dos funcionários melhorou. Essa experiência influenciou acordos que viabilizaram jornadas mais curtas na Islândia, sem comprometer o crescimento econômico.

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A Islândia, com seu adequado índice de desemprego e crescimento econômico de 5% em 2023, serve como evidência de que uma jornada reduzida pode coexistir com uma economia robusta. Os resultados indicam que menos horas de trabalho contribuem para uma sociedade mais equilibrada, sem sacrificar os lucros corporativos.

Como a Redução da Jornada Poderia Impactar a Saúde dos Brasileiros?

A redução da jornada de trabalho pode também traduzir-se em melhor saúde para os trabalhadores. Estudos apontam que jornadas menores estão associadas à diminuição de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho. Entre 2007 e 2022, o SUS registrou milhões de casos de doenças relacionadas ao trabalho no Brasil, situações que podem ser mitigadas com menos tempo de exposição a situações desgastantes.

Profissionais de saúde consideram que jornadas mais curtas resultariam em menos sobrecarga física e mental para os trabalhadores. Portanto, além da vantagem econômica, há um robusto argumento para considerar a questão de saúde pública e bem-estar geral dos cidadãos.

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Quais Desafios o Brasil Poderia Encontrar na Implementação?

Apesar dos potenciais benefícios, a proposta enfrenta resistência no Brasil, especialmente entre os empresários que questionam a viabilidade econômica da manutenção da produtividade com menos horas de trabalho. A preocupação é que uma jornada reduzida, sem uma estratégia bem definida para adoção de tecnologias ou reorganização do trabalho, possa elevar custos sem retorno em produtividade.

Enquanto isso, novos modelos de trabalho continuam a se desenvolver globalmente, impulsionados por avanços tecnológicos que permitem maior flexibilidade e eficiência. Cabe ao Brasil pesar os prós e contras, enxergando as experiências estrangeiras como um indicativo de caminhos possíveis para o futuro da sua força de trabalho.

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