
O Mercado Livre comprou US$ 7.800.000 em bitcoin, entrando no mundo dos criptoacionistas e ingressando no clube das grandes empresas que possuem esses ativos.
De acordo com o balanço da plataforma criada pelo argentino Marcos Galperin, essa aquisição “faz parte da nossa estratégia de tesouraria”, segundo a empresa.
Em seu balanço, o Mercado Livre informou à SEC (United States Securities and Exchange Commission, a agência reguladora do mercado financeiro estadunidense) que havia feito essa aquisição no último trimestre.
Essa decisão agrega o Mercado Livre a outras grandes empresas que aceitam bitcoins ou que recomendam aos seus clientes investir neste ativo, como Goldman Sachs, Tesla, e PayPal, entre outras.
Na semana passada, a plataforma de e-commerce argentina já havia aprovado transações nesta criptomoeda para a compra e venda de imóveis na Argentina.
Bitcoins em seu balanço patrimonial
Em seu balanço, que foi apresentado na quarta-feira, a empresa indicou que o bitcoin é “um ativo digital que estamos revelando entre os nossos ativos intangíveis de vida indefinida”.
Em relação à compra e venda de imóveis com moedas virtuais, a empresa destacou que “o boom gerado pelas criptomoedas nos últimos tempos abriu um novo caminho para diferentes setores envolvidos em transações de alto valor”.
E destacou que “neste quadro, as empresas imobiliárias e os atores do setor imobiliário começaram a explorar estas alternativas e a aproveitar as grandes vantagens deste novo instrumento financeiro: rapidez, rastreabilidade e segurança, além de um inovador refúgio de valor”.
Por sua vez, Juan Manuel Carretero, gerente comercial de veículos, imóveis e serviços do Mercado Livre, afirmou que “estamos sempre atentos às mudanças que ocorrem no mercado. O Bitcoin oferece múltiplas vantagens para as operações imobiliárias, tanto para o comprador quanto para o vendedor”.
Propriedades à venda em bitcoins
Até o momento, a plataforma conta com 75 imóveis que aceitam a venda em criptomoedas.
“Esperamos muito mais com o passar dos dias, porque longe de ser uma moda, vemos que é uma tendência que se consolidará com o tempo”, acrescentou o executivo.
Além disso, em seu balanço, o Mercado Livre reportou receita líquida de US$ 1.400 milhões. A empresa foi uma das poucas favorecidas pela pandemia, já que muitos usuários passaram a fazer compras online em todo o mundo.
Além disso, e apesar de sua alta volatilidade, muitos argentinos passaram a adquirir bitcoins como forma de proteger suas economias.
*Texto publicado originalmente no site Perfil Argentina