Musk nega aumento de discurso de ódio no Twitter e reconhece erros que cometeu

O empresário Elon Musk, dono do Twitter, negou que houve aumento de discurso de ódio na rede social. Musk afirmou que, no entanto, desde que adquiriu o Twitter, tem dado mais atenção ao combate a esse tipo de conteúdo. “Há menos porque eliminamos muitas contas robô. Não temos mais tantas como tínhamos antes”, explicou.

Por outro lado, ele admitiu que cometeu erros, em uma entrevista à BBC nesta quarta-feira (12). “Houve muitos erros nesse caminho? Claro. Mas tudo acabou bem. Tenho a impressão de que estamos no caminho certo”.  A entrevista foi transmitida ao vivo pela plataforma digital. O bilionário americano também afirmou que a gestão do Twitter tem sido como uma “montanha-russa”, seis meses depois de ter comprado a rede social.

Musk, que pagou US$ 44 bilhões (cerca de R$ 233 bilhões, em valores correntes da época) pelo Twitter, também disse que estava mudando o rótulo da BBC na plataforma, depois que a rede britânica reclamou de ser carimbada como um “veículo financiado pelo governo”. A reclamação foi feita publicamente. “Queremos ser o mais honestos e precisos possível. Estamos adaptando o rótulo [da BBC] para ‘financiada com dinheiro público’“, explicou o magnata, em entrevista ao canal britânico.

Dentre os vários assuntos abordados, o dono da Tesla e da SpaceX, relatou que os anunciantes estão voltando à rede social, “próximo do nível de rentabilidade”. Os comentários foram feitos depois que o Twitter privou o The New York Times da certificação oficial de sua conta. Musk acusou o prestigioso jornal, de linha editorial progressista, de “propaganda”.

A partir de 20 de abril, a famosa marca azul do Twitter, até agora um símbolo de reconhecimento, será reservada apenas a quem pagar por ela.

Segundo ranking da Bloomberg divulgado no mês de fevereiro, a fortuna de Musk foi avaliada em US$ 187 bilhões, cerca de R$ 972 bilhões na cotação da época.