Elon Musk, CEO e dono do Twitter, anunciou uma nova reformulação dentro da rede social. O Twitter Blue, um serviço pago da plataforma que dá privilégios aos assinantes, incluindo um selo azul nas suas contas, sofrerá algumas mudanças.
Musk informou, por meio do seu perfil no Twitter, que a partir de 15 de abril, apenas assinantes do Twitter Blue terão suas postagens recomendadas a outros usuários. E, além disso, só os assinantes poderão votar em enquetes.
“A partir de 15 de abril, apenas contas verificadas serão elegíveis para as recomendações ‘Para você’. Essa é a única maneira realista de lidar com enxames avançados de bots de IA assumindo o controle. Caso contrário, é uma batalha perdida sem esperança. A votação em enquetes exigirá verificação pelo mesmo motivo”, afirmou o CEO.
Starting April 15th, only verified accounts will be eligible to be in For You recommendations.
The is the only realistic way to address advanced AI bot swarms taking over. It is otherwise a hopeless losing battle.
Voting in polls will require verification for same reason.
— Elon Musk (@elonmusk) March 27, 2023
Além disso, na última semana, Musk disse que removeria o selo de conta verificada que foi dado a alguns usuários antes dele comprar a empresa. Ele também afirmou, no post anterior ao anúncio da reformulação, que a verificação paga aumenta significativamente os custos de operação para quem cria bots e torna mais fácil para o Twitter identificá-los.
Entretanto, a mudança foi criticada por alguns usuários da rede. Um ex-funcionário da equipe de verificação do Twitter disse à BBC: “O objetivo número um da minha equipe era proteger os usuários de danos no mundo real e isso parece ser o completo oposto”.
“Os usuários verificados usarão seu poder e sua presença na plataforma para influenciar qualquer coisa, desde desinformação até danos reais para usuários em todo o mundo. É uma ameaça silenciosa que ninguém está vendo”, completou.
Em novembro do ano passado, quando o Twitter Blue foi lançado, muitas pessoas usaram o serviço pago para se passar por grandes marcas e celebridades, já que bastava pagar pelo selo azul para ser considerado “verificado” pela plataforma. Inclusive, muitos fingiram ser o próprio Musk.
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Com toda essa confusão, o Twitter foi forçado a interromper o serviço depois de menos de uma semana do lançamento. O Twitter Blue foi relançado no mês seguinte. Desde então, ele tem sido usado por grupos polêmicos, incluindo autoridades do Talibã e seus apoiadores no Afeganistão.
Antes do serviço Twitter Blue, lançado por Elon Musk, o selo azul era usado para indicar a autenticidade de contas de pessoas, sendo distribuído pelo próprio Twitter, sem taxa de assinatura.
Atualmente, os usuários verificados têm seus tuítes mais promovidos do que os de outras contas e têm acesso a recursos exclusivos, como ao botão de edição. No Brasil, o serviço custa no mínimo R$ 36,67 por mês.