queda dos juros

Simone Tebet prevê queda nos preços dos alimentos em até dois meses

A estimativa de recuo nos preços dos alimentos nos próximos 60 dias foi apresentada pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.
A ministra do Planejamento e do Orçamento, Simone Tebet – Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A estimativa de recuo nos preços dos alimentos nos próximos 60 dias foi apresentada pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, nesta quarta-feira (2), durante cerimônia pelos 60 anos do Banco Central, em Brasília. O anúncio ocorre em meio a pressões inflacionárias que afetam o orçamento das famílias brasileiras desde o ano passado.

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A ministra também sugeriu que esse movimento pode influenciar decisões futuras sobre a taxa básica de juros, atualmente em 14,25% ao ano — o mesmo nível registrado durante o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. “Nos próximos 60 dias teremos a redução no preço dos alimentos para, quem sabe, o BC começar a reduzir a taxa de juros antes do sinalizado“, afirmou Tebet.

Queda nos preços pode abrir caminho para corte de juros?

Segundo o Banco Central, a taxa Selic — usada como principal ferramenta para conter a inflação — deve continuar alta nos próximos meses. A instituição prevê que a inflação seguirá acima da meta central de 3% ao menos até 2027, o que reforça a manutenção de juros elevados por mais tempo. Para maio, está prevista uma nova elevação, embora de menor intensidade, inferior a um ponto percentual.

De acordo com o BC, o ritmo da atividade econômica segue acima do que seria considerado adequado para conter a escalada de preços. Em sua última ata, o Comitê de Política Monetária (Copom) alertou que os alimentos “mantêm-se elevados e tendem a se propagar para outros preços no médio prazo em virtude da presença de importantes mecanismos inerciais da economia brasileira“.

O relatório de política monetária, publicado no fim de março, também reforçou o cenário de pressão sobre os consumidores. A expectativa da instituição é de que os preços ao consumidor sigam com variações mensais elevadas, mantendo a inflação acumulada em torno de 5,5% — acima do teto da meta, que é de 4,5%.

Sobre o comportamento específico dos alimentos, o BC destacou que os produtos in natura devem voltar a subir, após um período de relativa estabilidade. Alimentos industrializados tendem a ter uma alta mais contida, mas ainda significativa. A oferta restrita de boi gordo e a demanda externa aquecida seguem pressionando os preços das proteínas em 2025.


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