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CNPq lança edital para apoiar formação de mulheres em ciências exatas

Medida destina R$ 100 milhões para estimular diversidade na pesquisa

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Mulheres nas ciências exatas – Créditos: Tomaz Silva / Agência Brasil

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lançou nesta quarta-feira (6) edital ofertando R$ 100 milhões para apoiar a formação de meninas e mulheres em cursos das ciências exatas, engenharias e computação. O Objetivo da medida é estimular a diversidade na pesquisa científica.

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A medida é voltada para meninas e mulheres matriculadas nos oitavo e nono anos do ensino fundamental e no ensino médio em escolas públicas, além daquelas matriculadas na graduação de exatas, engenharias e computação.

A cientista Hildete Pereira de Melo ressalta que em todos os campos científicos, homens brancos são presença predominante, mas que as mulheres sempre estão nos bastidores.

Professora de economia e políticas sociais da Universidade Federal Fluminense, Hildete é uma das autoras do livro Pioneiras da Ciência no Brasil, a economista se dedicou ao longo da carreira os estudos de gênero.

Dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) apontam que 58% dos 100 mil bolsistas de mestrado, doutorado e pós-doutorado no país são mulheres, mas esse número não representa a realidade dos cargos de chefia.

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Para uma das maiores cientistas do país no campo do estudo genético, Lygia da Veiga Pereira, há um fundo cultural que limita a mulher. “O que precisamos é que tirar essa coisa cultural subliminar de que isso não é coisa feminina, de que isso não é coisa para mulher, que você para ser cientista, você vai abrir mão de uma parte do feminino”, opina.

Chefe do Laboratório de Células Tronco Embrionárias da Universidade de São Paulo, Lygia conta que também enfrentou os desafios de conciliar maternidade e produção científica.

A cientista ressalta que a maternidade é uma função importantíssima e fundamental para a sociedade e que recais predominantemente sobre a mulher.

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