No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, comemorado nesta sexta-feira (3), impossível não pensar no cerceamento da atuação de jornalistas e, claro, na morte de profissionais durante o exercício da profissão. Caso de Tim Lopes e, mais recentemente, o inglês Dom Phillips.
Tim Lopes
O repórter Tim Lopes foi brutalmente assassinado enquanto fazia uma reportagem para a TV Globo no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, no 2 de junho de 2002. O jornalista estava estava infiltrado na comunidade para fazer uma matéria sobre abuso de menores e tráfico de drogas. A ossada de Tim só foi localizada um mês depois em uma vala clandestina após uma denúncia anônima. O corpo estava carbonizado. A morte dele virou um símbolo da luta pela liberdade de imprensa no Brasil.
Dom Phillips
Em junho de 2022, o jornalista inglês Dom Phillips, de 57 anos, chegou a Atalaia do Norte (AM) no começo de junho de 2022, com o objetivo de produzir um livro-reportagem que tinha o título provisório Como Salvar a Amazônia.
O repórter e o indigenista brasileiro Bruno Pereira, de 41 anos, foram assassinados por um grupo de pescadores ilegais. Segundo as investigações, possivelmente, foram mortos em resposta ao trabalho contra crimes ambientais na região.
Dia Mundial da Liberdade de Imprensa
De acordo com o levantamento anual feito pela organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras (RSF), há motivos para celebrar a data: o Brasil avançou dez posições no ranking que mede a liberdade em 180 países. O país ocupa a 82ª posição. Esta é, portanto, a melhor marca alcançada nos últimos dez anos.
Em 2021, o país estava na chamada “zona vermelha” do ranking mundial de liberdade de imprensa. Significa que o Brasil fazia parte da lista dos mais perigosos do mundo para a atuação de jornalistas. Segundo dados da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), foram registrados 430 ataques a jornalistas em 2021. Este foi o maior número desde que foi iniciado o levantamento, na década de 1990.
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