A atriz Demi Moore publicou um vídeo no Instagram que mostra o ator Bruce Willis comemorando seu aniversário, de 68 anos, ao lado de seus familiares. O ator foi diagnosticado com demência frontotemporal (DFT) em fevereiro deste ano.
Willis e Moore foram casados por 13 anos e tiveram três filhas (Rumer, Tallulah e Scout). A celebração ocorreu neste domingo (19). “Feliz aniversário, BW! Muito feliz que pudemos te celebrar hoje. Te amo e amo a nossa família. Obrigada a todos pelo amor e pelo carinho – todos nós sentimos isso”, disse Moore nas suas redes sociais.
No vídeo, é possível ver toda a família reunida cantando parabéns para Willis, que também canta, sorri e assopra as velas de uma torta. Após o parabéns, ele recebe abraços dos familiares.
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A modelo Emma Heming, atual esposa de Willis, também publicou homenagens ao marido. Ela postou dois vídeos e agradeceu ao apoio que tem recebido após o diagnóstico de Willis. Com Heming, o ator tem outras duas filhas (Evelyn e Mabel).
“Hoje é um daqueles dias de sentir dor e tristeza. Mas, o lado positivo é que tenho muita sorte de sentir o amor de vocês direcionado a meu marido e a nossa família. Eu vejo as mensagens de vocês e as histórias que vocês compartilham e tudo que posso dizer é obrigado. A conexão de vocês me ajuda e espero que saber que eu vejo vocês e entendo profundamente as suas jornadas, ajude, mesmo que apenas um pouco, vocês também”, disse Heming na legenda de uma das postagens.
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“Ele é puro amor. Ele é tão amado. E eu vou amá-lo sempre. Feliz Aniversário meu doce. Meu desejo de aniversário para Bruce é que você continue a mantê-lo em suas orações e vibrações mais altas, porque sua alma sensível de Peixes sentirá isso. Muito obrigado por amar e cuidar dele também”, disse ela na legenda do segundo vídeo.
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Demência Frontotemporal
A demência frontotemporal afeta normalmente indivíduos entre 45 e 60 anos e é causado por diversos fatores, como genéticos, pelo acúmulo anormal da proteína Tau, substância que tem como função estabilizar os microtúbulos pela agregação de tubulina, o excesso dela está ligado a diversas doenças neurodegenerativas, como Alzheimer.
Modificações em genes importantes para o funcionamento cerebral também podem desencadeá-la, como GRN, que tem como função a codificação da progranulina, alterações nesse gene causam sintomas diferentes em membros da família e faz com que a doença surja em diferentes faixas etárias, ou o C9ORF72, que quando alterado se torna um fator de alerta para o surgimento de demência frontotemporal e outras condições, como o ELA – Esclerose Lateral Amiotrófica.
O distúrbio atinge os lobos frontais e temporais do cérebro, responsáveis, respectivamente, pela execução de ações com intencionalidade, “freios sociais” e linguagem, memória, capacidade visual e auditiva.
O médico Fabiano de Abreu Agrela explicou: “A região do córtex orbitofrontal, por exemplo, está relacionada a tomada de decisões e busca de pensamentos, córtex pré-frontal dorsolateral com a memória de curto prazo e foco atencional, e o córtex pré-frontal ventromedial com o julgamento e conexão com o sistema límbico, este onde se localiza a amígdala, hipocampo (relação com as memórias que se consolidam), núcleo septal, tronco cerebral, tálamo, entre outros”.
“A função do sistema límbico é coordenar as atividades sociais que possibilitam a manutenção da vida em sociedade e instintos, a degeneração nessas regiões impede uma boa comunicação entre elas, assim como o seu bom funcionamento”, acrescentou.
Como funciona o diagnóstico da demência?
Segundo Dr. Fabiano, o diagnóstico da doença é baseado na avaliação médica e exames físicos, como exame neurológico ou teste de estado mental. “A Tomografia por emissão de pósitrons (PET) com deoxiglicose marcada com flúor-18 (18F) (fluorodesoxiglicose, ou FDG) também pode ser usada para identificar a demência através da análise das regiões anteriores nos lobos frontais, córtex temporal anterior e córtex cingulado anterior”, disse o especialista.
“No caso de Bruce, os sintomas foram diagnosticados primeiramente como afasia até chegar à conclusão de que se tratava realmente de demência frontotemporal, a afasia é um sintoma bastante comum na doença frontotemporal e também pode ser usado como sinal de alerta na análise clínica para diagnóstico da condição”, afirmou o Pós PhD em neurociências.
“A demência frontotemporal não tem cura, os tratamentos utilizados, como uso de medicamentos antipsicóticos, fonoaudiologia e fisioterapia apenas ajudam a amenizar os sintomas”, finalizou o Dr.