
Nos últimos anos, o uso de ácidos na rotina de cuidados com a pele tem ganhado popularidade, especialmente entre aqueles que buscam uma pele mais jovem e saudável. Redes sociais e influenciadores digitais têm contribuído para a disseminação de informações sobre esses produtos, que prometem combater acne, manchas e sinais de envelhecimento. No entanto, a utilização indiscriminada e sem orientação profissional pode acarretar sérios problemas cutâneos.
Os ácidos são potentes aliados no tratamento de diversas condições da pele, mas seu uso requer cuidado e conhecimento. A médica dermatologista Fernanda Sorgatto destaca que o acesso a informações não técnicas nas redes sociais tem levado muitas pessoas a utilizarem esses produtos de forma inadequada, resultando em irritações e danos à pele. A escolha do tipo e da concentração do ácido deve ser feita com base no tipo de pele, idade e objetivos do tratamento.
Quais são os riscos do uso inadequado de ácidos?
O uso incorreto de ácidos pode causar uma série de problemas, desde irritações leves até danos permanentes. Entre os efeitos adversos mais comuns estão vermelhidão, queimação, ardência e descamação contínua. Esses sintomas, se ignorados, podem evoluir para quadros mais graves, como queimaduras, hiperpigmentações e cicatrizes permanentes. Além disso, muitos ácidos aumentam a sensibilidade da pele ao sol, elevando o risco de queimaduras solares e danos causados pelos raios UV.
Fernanda Sorgatto alerta que, ao menor sinal de irritação, é crucial suspender o uso do produto e procurar orientação médica. A supervisão de um profissional é essencial para garantir a segurança e a eficácia do tratamento, já que apenas um médico pode identificar as necessidades específicas de cada pele e prescrever o tratamento adequado.
Como escolher o ácido ideal para a pele?
A escolha do ácido adequado depende de diversos fatores, como o tipo de pele, a idade e os objetivos do tratamento. Existem diferentes tipos de ácidos, cada um com suas propriedades e indicações específicas. Por exemplo, o ácido salicílico é frequentemente utilizado para tratar acne, enquanto o ácido glicólico é conhecido por suas propriedades esfoliantes e clareadoras.

Além disso, a frequência de uso e a concentração do ácido devem ser ajustadas conforme a avaliação médica. Em alguns casos, o uso pode ser diário, enquanto em outros, pode ser necessário fazer pausas. Durante o verão, por exemplo, é comum interromper o uso de ácidos mais fotossensíveis, como o ácido retinóico, para evitar danos causados pela exposição ao sol.
Quais cuidados devem ser tomados ao usar ácidos?
Para garantir a eficácia e a segurança do uso de ácidos, é fundamental seguir algumas orientações básicas. Primeiramente, é importante manter a constância e o equilíbrio no uso dos produtos, associando-os a outros cuidados essenciais, como hidratação adequada, uso de sabonetes suaves e, principalmente, fotoproteção. O uso de protetor solar é indispensável, já que muitos ácidos aumentam a sensibilidade da pele à luz solar.
Por fim, a dermatologista Fernanda Sorgatto reforça a importância de procurar um profissional antes de iniciar o uso de ácidos na rotina de skincare. Apenas um médico pode avaliar as necessidades específicas da pele e prescrever o tratamento ideal, garantindo resultados seguros e eficazes.
Siga a gente no Google Notícias