Coluna – Palmeiras e Atlético-MG saem na frente da concorrência

Em 2022 a disputa será maior. O calendário ficará mais apertado, por conta da Copa do Mundo, e quem tiver um elenco mais equilibrado terá chances melhores

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Foto: Pedro Souza / Atlético

Ainda estamos em dezembro de 2021, mas a temporada 2022 do futebol brasileiro já começou e algumas equipes já estão bem adiantadas nela. Para preocupação da concorrência, entre elas estão duas das principais candidatas a todos os títulos no ano que vem: Atlético-MG e Palmeiras. Com a base formada este ano, a manutenção dos principais jogadores e, principalmente, a continuidade do trabalho dos técnicos, ambos saem com vantagem considerável para o objetivo de serem de novo campeões.

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O terceiro colocado nessa escala de favoritos está deixando os torcedores em suspense. O Flamengo não tem um técnico para 2022, está cheio de alternativas, mas não sabe se contrata um argentino, um português, um brasileiro, se muda toda a comissão técnica, se demite o departamento médico. E, com certeza, quando chegar o novo treinador, avaliará quais jogadores precisa e para quais posições. Se todo esse processo começar em janeiro, antes da pré-temporada, ainda dá para recuperar esse atraso, mas não seria novidade se os jogadores voltassem sem saber, ainda, qual será o comandante.

Até porque o Flamengo não poderá errar novamente. As experiências vividas em 2020/2021 deixaram sequelas, apesar de um título brasileiro conquistado e de uma Supercopa. E de uma temporada que, mesmo sem troféus importantes, teve um Flamengo brigando por título nas três principais competições do país.

Cuca e Abel Ferreira terão bem menos trabalho. Além de poderem manter seus esquemas de jogo, têm na mão as necessidades de Atlético-MG e Palmeiras para tornarem seus times mais fortes. Isso significa dizer que os clubes podem ir ao mercado de forma bem objetiva para efetuarem as contratações necessárias. O que os rivais não podem fazer. Pelo simples fato de, depois, contratarem um técnico que tenha uma filosofia de jogo diferente e não ver, naquele reforço, utilidade alguma. Prejuízo financeiro e técnico.

Em 2022 a disputa será maior. O calendário ficará mais apertado, por conta da Copa do Mundo, e quem tiver um elenco mais equilibrado terá chances melhores. Se esse ano ficou apertado, com o adiamento da última rodada do Brasileirão e jogos em intervalos curtos de tempo, no próximo ano nem mesmo essa possibilidade haverá. É certo que os times jogarão o Brasileirão desfalcado e com times desgastados na Libertadores e na Copa do Brasil.

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Para técnicos que já estão por aqui, surpresa alguma. Mas para um que, ao que parece, virá de fora, com mentalidade totalmente distinta, pode ser assustador. Aí está outra questão a ser superada pelo Flamengo. Que, no entanto, quando a bola rolar, poderá superar todas essas dificuldades já que, não há como negar, tem um dos melhores elencos do país, carente em poucas posições. No momento, creio que está atrás na corrida. Mas considerando o que Max Verstappen fez domingo (12) passado na F1, porque não imaginar a entrada de um safety-car na pista para tornar a corrida mais emocionante?

* Sergio du Bocage é apresentador do programa No Mundo da Bola, da TV Brasil.

(Agência Brasil)

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