Paris 2024

Federação de hipismo descobre cavalos com falta de oxigênio

O órgão regulador do hipismo, FEI, responsável pela equitação olímpica em Versalhes, revelou que fotografias de cavalos com a língua azulada devido à falta de oxigênio durante a competição de adestramento

Em eventos de adestramento na Olimpíada, fotografias tiradas pelo fotógrafo oficial da FEI mostraram cavalos com línguas azuladas
Em eventos de adestramento na Olimpíada, fotografias tiradas pelo fotógrafo oficial da FEI mostraram cavalos com línguas azuladas – Crédito: Comitê Olímpico Brasileiro

O órgão regulador do hipismo, FEI, responsável pela equitação olímpica em Versalhes, revelou que fotografias de cavalos com a língua azulada devido à falta de oxigênio durante a competição de adestramento. O veterinário-chefe da organização, Goran Akerstrom, compartilhou essas preocupações nesta terça-feira (6).

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Com o foco voltado para o bem-estar dos cavalos durante os Jogos Olímpicos de Paris, o hipismo está sob intensos holofotes. Isso ocorre especialmente após um incidente envolvendo a cavaleira britânica Charlotte Dujardin, que abriu um debate ético e levantou dúvidas sobre o futuro do esporte na Olimpíada.

O incidente com Charlotte Dujardin e a suspensão temporária

Charlotte Dujardin, seis vezes medalhista olímpica, foi suspensa provisoriamente em 27 de julho de 2023. Imagens surgiram mostrando-a chicoteando as pernas de um cavalo várias vezes durante o treinamento, o que gerou uma reação intensa e questionamentos sobre o tratamento dos animais no esporte.

Em eventos de adestramento na Olimpíada, fotografias tiradas pelo fotógrafo oficial da FEI mostraram cavalos com línguas azuladas, o que indicava problemas de oxigenação causados pela alta tensão das rédeas. Segundo Akerstrom, os freios duplos, obrigatórios em torneios de alto nível, também contribuíram para o corte de oxigênio na língua, resultando em dor ou desconforto desnecessário para os animais.

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Quais medidas estão sendo tomadas para garantir o bem-estar dos cavalos?

FEI não tomou medidas disciplinares imediatas, mas os veterinários notificaram o júri da competição. Os cavaleiros envolvidos foram convocados para uma “discussão” sobre a questão. Akerstrom afirmou que uma revisão fotográfica agora inclui verificações especiais relacionadas ao bem-estar dos cavalos para prevenir futuros incidentes.

Grupos de defesa dos direitos dos animais, como a PETA, criticaram a prática de uso de freios duplos no adestramento, argumentando que isso contribui para o sofrimento dos cavalos. A FEI, baseada na Suíça, prometeu ser inflexível quanto à proteção dos animais durante as competições em Versalhes.

Este não foi o primeiro incidente envolvendo maus-tratos a cavalos nas Olimpíadas. A FEI já havia sancionado o cavaleiro brasileiro Carlos Parro por uma polêmica hiperflexão do pescoço e desqualificado alguns cavalos que apresentaram pequenos sangramentos durante competições anteriores.

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