DENTRO DO CARRO

Filho de brasileiro morto pelo Hamas em festival teve o corpo queimado

O jovem tinha 22 e participava do festival do Universo Paralello

Filho de brasileiro morto pelo Hamas em festival teve o corpo queimado
Gavriel Yishay Barel, 22 anos, foi morto pelo Hamas (Crédito Foto: Arquivo pessoal)

Gavriel Yishay Barel, que tinha 22 anos, foi assassinado pelo grupo terrorista Hamas após o ataque contra Israel no último dia 7. Ele era filho do brasileiro Jayro Varella, que tem 57 anos.

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Em relato ao G1, ele disse que o grupo assassinou o jovem com rajadas de metralhadora e que teve o corpo totalmente dilacerado e queimado. Gavriel foi um dos jovens que participaram do festival do Universo Paralello, alvo de ataque do grupo terrorista.

“Foi brutalmente assassinado com rajadas de metralhadora pesada montada na traseira de uma caminhonete. Seu corpo foi totalmente dilacerado e queimado junto com seu melhor amigo, que estava ao seu lado no carro. E o carro foi totalmente perfurado e destruído com balas de grosso calibre e carbonizado”, afirmou Jayro.

De acordo com o brasileiro, seu filho foi morto no momento em que tentou fugiu com um carro. A morte, entretanto, só fora confirmada no domingo (15), com o auxílio de um exame de DNA, que identificou o corpo do rapaz.

Ele chegou a procurar por Gavriel em hospitais, ocupados por inúmeros feridos, durante uma semana. Através da arcada dentária, os familiares realizaram o exame de DNA e confirmaram a identificação do corpo, que foi carbonizado.

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“A identificação só foi possível com o exame de DNA feito a partir de material da arcada dentária porque meu filho foi brutalmente assassinado. O corpo ainda estava no carro, no volante. Por serem muitos corpos e pelo fato de a identificação ser difícil, demorou muito mais tempo”, explicou o pai.

Embora tenha nascido em Israel, o jovem chegou a morar em São Paulo por um breve período com os familiares. No entanto, após os pais se separarem, ele se mudou para Ashkelon, cidade próxima da turbulenta Faixa de Gaza.

O falecimento

O brasileiro recebeu a notícia da descoberta do corpo pela Embaixada Brasileira em Tel Alviv, por intermédio de um diplomata. Jayro também recebeu a visita de oficiais do exército, polícia, assistentes sociais, e nomes que representam a prefeitura, responsáveis por confirmar o falecimento do jovem.

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“Quem me falou sobre a descoberta de seu corpo foi a Embaixada Brasileira em Tel Aviv através de um diplomata muito educado e sensível à situação. Quero deixar meu agradecimento a ele. Na minha casa foi um grupo de pessoas, entre elas, oficiais do exército, da polícia, representantes da prefeitura e duas assistentes sociais, que vieram me dar a notícia oficial do falecimento trágico do Gavriel”, complementou Jayro.

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