O recente confronto entre Fluminense e São Paulo no Maracanã, marcado por uma situação controversa envolvendo o uso do VAR, tem gerado muita discussão no meio do futebol brasileiro. A partida, que terminou com a vitória do Fluminense, teve um lance específico que se tornou o centro das atenções e motivou diversas reações dos clubes envolvidos.
O episódio aconteceu em uma disputa de bola no meio de campo entre Calleri, atacante do São Paulo, e Thiago Santos, zagueiro do Fluminense. O árbitro da partida, Paulo Cesar Zanovelli da Silva, marcou uma falta de Calleri, mas optou por dar vantagem ao Fluminense, já que a bola permaneceu com a equipe carioca. Entretanto, a interpretação do lance pelo árbitro e pelo VAR teve repercussões complicadas.
O papel do VAR na decisão do gol polêmico
A confusão aumentou quando Thiago Silva, outro zagueiro do Fluminense, acreditou que a falta havia sido marcada e, por isso, colocou a mão na bola antes de recolocá-la em jogo. Ato contínuo, o jovem atacante Kauã Elias ficou com a bola e marcou o gol que gerou a discórdia. Os jogadores do São Paulo protestaram intensamente, alegando que, ao dar vantagem no primeiro lance, Thiago Silva cometeu uma irregularidade ao tocar com a mão na bola.
Por que a decisão do árbitro foi tão contestada?
O árbitro Zanovelli, após consultar o monitor do VAR, decidiu manter o gol. Nas imagens divulgadas, Zanovelli afirma ao VAR Igor Junio Benevenuto que havia dado a vantagem, mas se contradiz ao rever o lance. Ele diz: “Eu ia dar a vantagem, o jogador (Thiago Silva) para e bate a falta. Eu dou sinal de falta. Vamos seguir. Eu dei a vantagem, eu segui. É gol legal, tá, Igor?”
Essa contradição evidenciada nas imagens e no áudio do VAR acentuou a insatisfação do São Paulo, que inicialmente havia se limitado a protestar via ofícios formais à CBF. A divulgação das imagens fez com que o clube reconsiderasse sua posição e avaliasse a possibilidade de solicitar a anulação da partida.
O que diz o código brasileiro de justiça desportiva?
O artigo 259 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) prevê a possibilidade de anular um jogo em que o árbitro deixa de cumprir as regras do futebol. Entretanto, essa medida é raramente aplicada para preservar a integridade do campeonato. Mesmo assim, os dirigentes do São Paulo acreditam que se deve acionar o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) para marcar uma posição firme sobre o episódio.
- Falta de clareza e contradição nas decisões do árbitro.
- Possibilidade de anulação de jogos baseada no artigo 259 do CBJD.
- Importância de preservar a integridade do torneio.
Qual será o próximo passo do São Paulo?
Após a divulgação das imagens e áudios do VAR, o São Paulo se manifestou oficialmente através de suas redes sociais, lamentando profundamente a condução da arbitragem na partida. O clube ressalta que o áudio do VAR demorou cinco dias para ser liberado e que, diante do conteúdo revelado, está estudando quais medidas jurídicas serão tomadas.
A decisão sobre os próximos passos deve ser tomada nos próximos dias, considerando a gravidade do erro interpretativo e a busca por justiça desportiva. O clube paulista está decidido a lutar pelos seus direitos, mesmo consciente das dificuldades em obter a anulação da partida.
- Análise minuciosa do áudio do VAR e das imagens.
- Ações jurídicas a serem definidas pelo corpo jurídico do São Paulo.
- Potenciais pedidos de anulação de jogo.
Em resumo, o episódio reflete a complexidade e a importância do uso correto da tecnologia VAR no futebol, além de colocar em evidência a necessidade de transparência e justiça nas decisões dentro de campo. Os próximos dias serão decisivos para determinar o desfecho desse caso que movimenta o cenário esportivo brasileiro.
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