O jornalista esportivo Grant Wahl, de 47 anos, morreu no Catar após passar mal durante jogo das quartas de final entre Holanda e Argentina. Responsável por fazer a cobertura da Copa do Mundo, o estadunidense ficou conhecido depois de ser barrado de entrar em partida por usar uma camisa com arco-íris, símbolo da comunidade LGBTQIA+.
A rádio NPR — rádio onde o profissional trabalhava — confirmou a informação, assim como a federação de futebol dos Estados Unidos. “Todos do futebol dos EUA estamos com o coração partido ao saber que perdemos Grant Wahl”, disse a federação.
U.S. Soccer Statement On The Passing Of Grant Wahl: pic.twitter.com/CBp1mCK1mQ
— U.S. Soccer (@ussoccer) December 10, 2022
Nas redes sociais, o jornalista brasileiro Francisco De Laurentiis revelou que viu “a cena acontecer” ao seu lado. Grant passou mal já na prorrogação do duelo em questão, que terminou nos pênaltis.
Infelizmente vi a cena acontecer ao meu lado na tribuna de imprensa hoje na prorrogação de Holanda x Argentina. Lamentavelmente, perdemos Grant Wahl, referência na cobertura de futebol. Meus sinceros sentimentos aos familiares e amigos próximos 😔 https://t.co/qy6sup6235
— Francisco De Laurentiis (@f_delaurentiis) December 10, 2022
Nas últimas semanas, Grant foi barrado de entrar em um jogo de seu país por estar usando uma camisa com um arco-íris, um dos símbolos LGBTQIA+. “Um segurança se recusou a me deixar entrar no estádio para EUA x País de Gales. Você tem que trocar de camisa. Não é permitido”, escreveu Grant em suas redes sociais.
O irmão da vítima, Eric Wahl, porém, contesta a versão de que o jornalista teria morrido por causas naturais e acredita que ele tenha sido assassinado. Segundo Eric, o jornalista foi ao estádio com a camiseta para apoiá-lo.“Sou gay e sou a razão pela qual ele usou a camisa arco-íris na Copa do Mundo”, disse em um vídeo postado no Instagram.
Na publicação, ele afirma que o irmão era saudável e que e acredita que Grant tenha sido morto, e não vítima de alguma doença. “Meu irmão era saudável. Ele me disse que recebeu ameaças de morte. Não acredito que meu irmão acabou de morrer. Eu acredito que ele foi morto. E eu apenas imploro por qualquer ajuda”, afirmou.
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