O Real Bedford FC, da nona divisão do futebol inglês, anunciou um aporte de US$ 4,5 milhões advindo dos gêmeos bilionários Twinklevoss. Embora não pareça muito em termos futebolísticos, o nível competitivo do Real Bedford é quase amador, chamado, na Inglaterra, de non-league, quando não envolve as quatro primeiras divisões do futebol inglês. Essa quantia, a maior já investida em um clube non-league, muda completamente a estrutura e panorama da equipe.
Os irmãos Cameron e Tyler aplicaram a quantia em bitcoin, adquirindo 45% do clube. Eles se juntam ao podcaster Peter McCormack, que comprou o time em 2021, no objetivo de levá-lo até a Premier League. A empresa dos gêmeos, Gemini, já patrocinava o Real Bedford desde 2022.
Real Bedford na Premier League
Quando comprou o clube, à época chamado de Bedford United, e anunciou seu objetivo, McCormack não foi levado muito a sério. Porém, o auxílio dos Winklevoss concretiza, nem que seja pouco, mais esse sonho. “As demandas de um clube de rápido crescimento são significativas, e o apoio de Tyler e Cameron nos permitirá a continuar investindo no Bedford e a comunidade local”, afirmou Peter.
Os gêmeos elogiaram o conhecimento de McCormack e se disseram “intrigados com sua paixão”. “Estamos ansiosos para virarmos donos de um clube”, completaram.
O dinheiro deve ser encaminhado à criação de um centro de treinamento avançado e ao estabelecimento de uma categoria de base. Além disso, deseja-se criar um fundo de bitcoin para “assegurar as ambições a longo prazo do clube”. As partidas do Real Bedford também começarão a ser transmitidas no YouTube.
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Quem são os Winklevoss?
Se o nome parece familiar, é porque eles ficaram famosos ao processar Mark Zuckerberg por supostamente roubar deles a ideia de um site que eventualmente se tornaria o Facebook. Todo o caso é retratado no filme de 2010 “A Rede Social”, indicado ao Oscar de melhor filme.
Os gêmeos ganharam uma indenização de US$ 65 milhões e investiram parte desse dinheiro em bitcoin, à época em um preço milhares de vezes menor do que o atual, tornando-os os primeiros bilionários famosos das criptomoedas.
Com sua nova fortuna, eles fundaram a Gemini, uma plataforma de trocas de criptomoedas. Porém, em 2024, foram condenados a pagar US$ 1 bilhão em indenizações a clientes por práticas perigosas no extinto serviço de empréstimo da plataforma.