O atleta Thiago Paulino foi personagem de um dos momentos mais polêmicos dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Após faturar o ouro no arremesso de peso da classe F-57, para cadeirantes com deficiências nos membros inferiores, com a marca de 15,10 metros, ele teve os arremessos invalidados após recurso da China e passou a ser medalhista de bronze com 14,77, a única tentativa do brasileiro que foi considerada válida.
Durante passagem por São Paulo para participar da cerimônia de entrega dos prêmios de melhores do ano, Thiago Paulino lembrou um pouco daqueles momentos.
“Falam que tem uma imagem aonde o meu glúteo sai da cadeira. Isso é uma infração da regra básica do arremesso na cadeira. A gente também analisou as imagens, a gente entrou com o recurso também pedindo anulação desse protesto. Ao nosso entender e ao entender de todos os especialista a qual viram a prova é que não houve essa tal irregularidade”, disse.
O ouro passou para o chinês Guoshan Wu com a marca de 15 metros. E a prata ficou com o brasileiro Marco Aurélio Borges, que arremessou o peso a 14,85 metros.
Durante a cerimônia de premiação e entrega das medalhas lá no Japão, Paulino protestou de forma veemente com o punho direito erguido e mostrando que o verdadeiro lugar dele seria o posto de campeão paralímpico. Thiago Paulino fala agora sobre aqueles gestos.
“Eu não quis desrespeitar ninguém. Apenas demonstrei a minha insatisfação. O protesto com o punho erguido significa resistência”.
Apesar de tudo, Thiago Paulino garante que atualmente já virou a página e foca apenas nos jogos de 2024.
(Agência Brasil)