GUERRA

Exército israelense dispara míssil em cidade palestina

Acesso a ambulâncias do campo de refugiados de Jenin, alvo do ataque, foi bloqueado

Exército israelense durante ataque em Jenin
Exército israelense durante ataque em Jenin – Crédito: Issam Rimawi/Anadolu via Getty Images

Ao menos quatro palestinos foram mortos nesta terça-feira (12) após ataque de Israel na cidade de Jenin, na Cisjordânia. Segundo o Ministério da Saúde palestino, o exército israelense disparou um míssil contra jovens. Nida Ibrahim, correspondente da Al Jazeera, reportando de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, informou que os ataques em Jenin estavam em andamento, enquanto alguns residentes colocaram barreiras nas estradas para dissuadir as forças israelenses.

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A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino também afirmou que os militares israelenses estavam bloqueando ambulâncias do campo de refugiados de Jenin, alvo do ataque, para tratar os feridos. As forças israelenses também lançaram ataques em outras cidades da Cisjordânia, prendendo cerca de 50 pessoas em Ramallah, Belém, Nablus e Tubas, informou a agência de notícias palestina Wafa.

Os últimos dias foram marcados por um alto número de incursões terrestres das Forças de Defesa de Israel (FDI), com o objetivo de consolidar o controle dos centros urbanos e perseguir os comandantes do Hamas. Segundo o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, isso representa “o começo do fim para os terroristas do Hamas“.

Em entrevista à Veja, o chefe da UNRWA, Philippe Lazzarini, comentou sobre um possível teor político das investidas de Israel, uma vez que “a escalada da guerra que estamos a testemunhar aponta para tentativas de mover os palestinos para o Egito”. “Se este caminho continuar, Gaza não será mais uma terra para os palestinos”, declarou.

Nesta segunda-feira (11) o porta-voz do governo israelense, Eylon Levy, afirmou que as acusações de que Israel estaria tentando esvaziar o território de Gaza de maneira forçada são “ultrajantes e falsas”, e que Tel Aviv pretende apenas convencer os palestinos a abandonarem as principais áreas de combate. Organizações humanitárias e lideranças políticas alertam, porém, de que a crescente intensificação do conflito tem deixado os palestinos sem escolha para onde ir.

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 * Sob supervisão de Lilian Coelho

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