novo presidente dos EUA

Aborto, imigração e economia: quais são as principais propostas políticas de Trump?

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Donald Trump é conhecido por seu conservadorimos na política imigratória dos EUA – Créditos: depositphotos.com / sgtphoto

Donald Trump, eleito presidente dos Estados Unidos, irá aumentar sua influência no cenário político americano com suas propostas de políticas conservadoras e protecionistas. Seus planos abrangem áreas cruciais como imigração, economia, aborto e política externa. No que diz respeito à imigração, ele busca voltar à abordagem rigorosa que caracterizou sua administração anterior. Economicamente, Trump defende cortes significativos de impostos e a introdução de tarifas para proteger a indústria nacional.

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Na área social, especialmente no que concerne ao aborto, Trump posiciona-se contra a proibição federal ao procedimento, afirmando também que pretende não restringir o acesso a medicamentos abortivos se eleito. Em termos de política externa, suas propostas continuam a suscitar debates, especialmente no que se refere ao apoio militar a aliados tradicionais dos Estados Unidos, como Israel e Ucrânia, que ele coloca em questão.

Qual é a abordagem de Trump para a imigração?

O plano de Trump em relação à imigração é caracterizado por uma postura inicialmente dura, prometendo implementar a maior deportação em massa da história dos EUA. Em sua visão, a entrada ilegal de imigrantes está vinculada a um aumento nos crimes, embora estatísticas do FBI indiquem uma diminuição nas taxas de crimes violentos no país. Durante a discussão de uma proposta bipartidária para a fronteira em fevereiro de 2024, Trump incentivou os republicanos a votarem contra, visando impedir uma vitória política de seu adversário, Joe Biden.

Como Trump pretende revitalizar a economia americana?

No âmbito econômico, Trump propõe corte substancial de impostos, incluindo a redução da alíquota do imposto corporativo de 21% para 15%, e a eliminação de impostos sobre horas extras e gorjetas dos trabalhadores. Para além disso, ele defende tarifas de 10% a 20% sobre importações, com taxas ainda mais altas para produtos da China. Trump mantém um foco particular no suporte às indústrias de petróleo e gás, rejeitando incentivos para a transição energética, o que inclui a remoção de incentivos fiscais para a compra de veículos elétricos.

No entanto, analistas alertam que tais cortes de impostos podem resultar em um déficit estimado entre US$ 3,6 trilhões e US$ 6,6 trilhões ao longo de uma década, apontando preocupações sobre a sustentabilidade financeira dessas propostas.

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O que Trump propõe no debate sobre o aborto?

Trump adota uma abordagem crítica ao conceito de uma proibição federal do aborto, declarando seu veto a tal legislação. Ele também assegura que não banirá o uso de medicamentos abortivos, prometendo, assim, preservar certo acesso ao procedimento. Com o debate cada vez mais descentralizado, após mudanças nas legislações estaduais, muitos estados continuam a decidir suas próprias políticas sobre o tema.

Republicanos destacam que recursos devem também ser revertidos para o apoio de mulheres que optam por levar adiante suas gestações, promovendo a criação de centros “pró-vida”. Esta abordagem busca conciliar valores tradicionais com a autonomia legislativa de cada estado.

Quais são as implicações das propostas de política externa?

Na área de política externa, Trump instaura um clima de indefinição ao colocar em xeque o apoio militar automático dos Estados Unidos a aliados tradicionais. No caso de Israel, ele sugere que, caso o conflito não termine, poderá descontinuar o apoio militar. Em relação à Ucrânia, Trump já demonstrou hesitação em apoiar pacotes de assistência financeira, que totalizavam bilhões de dólares, refletindo uma divergência dentro do próprio partido republicano sobre o interesse dos EUA na questão.

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Essas declarações ressaltam um possível realinhamento das prioridades americanas em seu envolvimento direto e indireto em conflitos internacionais, indicando um movimento rumo a uma política externa menos intervencionista.

Leia também: QUANDO SERÁ A POSSE OFICIAL DE DONALD TRUMP COMO PRESIDENTE DOS EUA?

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