Alemanha é afetada por ‘pandemia dos não vacinados’

Autoridades do país não descartam novas medidas para evitar uma quarta onda de contaminações.

Alemanha é afetada por 'pandemia dos não vacinados'
(Créditos: Alex Grimm/Equipe)

A Alemanha se vê afetada por uma “pandemia dos não vacinados“, alertou o ministro da Saúde, Jens Spahn, nesta quarta-feira (3), que também pediu o reforço das medidas para frear o aumento de casos de Covid-19 no país.

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A evolução da pandemia de Covid-19 na Alemanha é mais rápida do que a constatada no mesmo período do ano passado, apesar de quase 70% da população da Alemanha estar vacinada.

A Alemanha registrou nos últimos dias um aumento dos casos de Covid-19. Nesta quarta-feira foram registrados mais de 20.000 novos contágios em 24 horas e 194 mortes, segundo o balanço oficial. As internações aumentaram 40% em uma semana. As unidades de terapia intensiva ainda têm leitos disponíveis, mas há diminuição das vagas nos estabelecimentos em relação ao ano passado, por falta de profissionais habilitados na gestão de pacientes graves.

Atualmente, estamos vivendo uma pandemia essencialmente dos não vacinados, e é grande”, afirmou. “Em algumas regiões da Alemanha, os leitos de UTIs disponíveis estão acabando de novo“.

A quarta onda da pandemia avança, como temíamos, porque o número de pessoas vacinadas não é suficiente“, corroborou Lothar Wieler, presidente do instituto de vigilância epidemiológica Robert Koch.

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Wieler lamentou que as regras de acesso aos locais públicos não são aplicadas da maneira correta o tempo todo.

O ministro conservador pediu às regiões, que têm competência na área de saúde, que endureçam as regras para os não vacinados em caso de aumento de contágios, com a proibição, por exemplo, do acesso a alguns locais públicos ou a exigência de um teste de diagnóstico negativo, que são caros no país, segundo EM Internacional.

Como já se sabe, o SARS-CoV-2 se prolifera principalmente em locais pouco arejados, frequentados por muitas pessoas sem máscara e distanciamento social. E, apesar da vacina ser um escudo eficaz contra formas graves da doença, ela  dificulta, mas não bloqueia as contaminações. Manter as medidas de proteção, é, dessa forma, fundamental para manter o controle da epidemia.

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Veja abaixo a declaração do ministro da saúde Jens Spahn em suas redes sociais

A vacinação de reforço aumenta significativamente a proteção pessoal contra doenças. Portanto, uma dose adicional de vacinação é recomendada, especialmente para grupos de risco.

Em princípio, é possível para todos os grupos. Israel mostrou que as vacinações de reforço podem ajudar a quebrar uma onda. E a 4ª onda nos atinge com muita força. Na entrevista coletiva federal, enfatizei: O fim da epidemia legal não significa o fim da pandemia.

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No momento, estamos enfrentando uma pandemia para os não vacinados. O presidente da RKI, Prof. Lothar Wieler, e o prof. Leif Erik Sander, da Charité, provaram isso com números. A vacinação reduz significativamente o risco de doença e um curso severo. Vacine-se e proteja-se e as pessoas ao seu redor!

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