Não demorou muito para que o ataque mortal a Israel virasse munição na combativa política interna dos Estados Unidos. O ex-presidente Donald Trump e outros candidatos republicanos à Casa Branca em 2024 logo começaram a culpar as políticas de Joe Biden.
Durante um comício de campanha em Waterloo, Iowa, Trump condenou a “invasão terrorista do Hamas” e encorajou Israel a responder “de forma muito poderosa”. Sem provas, Trump alegou que um acordo firmado pela administração Biden com o Irã teria motivado a agressão do Hamas.
“Infelizmente, dinheiro dos contribuintes americanos foi usado para financiar esses ataques, que muitos estão dizendo vieram do governo Biden. Nós levamos tanta paz ao Oriente Médio por meio dos Acordos de Abraham, só para ver Biden jogar tudo fora muito mais rápido do que qualquer um poderia imaginar”, escreveu Trump em comunicado divulgado após o ataque do Hamas ao território israelense.
“Não ficaria nada surpreso se parte dessa tremenda riqueza que acabaram de acumular fosse, de repente, assistir a este nível de agressão”, disse Trump, que se vangloriou de uma relação particularmente estreita com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu. “Eles não tiveram esse nível de agressão comigo.”
Apoio dos EUA a Israel
Os membros do Congresso, operando sem um presidente da Câmara, deram garantias de que os Estados Unidos apoiariam Israel. E os aliados de Biden reagiram ao que chamaram de propagação de desinformação por parte dos adversários políticos do presidente.
Segundo o jornal Washington Post, a disputa política reflete como a política externa da administração Biden se tornou um ponto central de discórdia na campanha presidencial.
Brett Bruen, que serviu no Conselho de Segurança Nacional durante a administração Obama, disse que “certos políticos estão tentando ganhar pontos políticos com o que é apenas uma tragédia horrível.”
Logo após os ataques, Biden vai à TV e reafirma apoio a Israel.
🇺🇸 PRESIDENTE BIDEN FAZ PRONUNCIAMENTO SOBRE ATAQUE DO HAMAS CONTRA ISRAEL:
O Presidente norte-americano reafirmou que os Estados Unidos estão com Israel.
Via @Acyn pic.twitter.com/OefUxCDi52
— Central Eleitoral – EUA (@centraleua) October 7, 2023