À ESPERA

Brasileiros seguem fora de lista para sair de Gaza; americanos são maioria

O embaixador brasileiro na Cisjordânia, Alessandro Candeas, disse que os nacionais sofrem grande angústia em razão da indefinição de quando poderão deixar a zona de guerra

Brasileiros seguem fora de lista para sair de Gaza; americanos são maioria
Pessoas se reúnem na passagem da fronteira de Rafah com o Egito (Crédito Foto: Reprodução)

O Brasil continua fora da lista de países que podem retirar cidadãos da Faixa de Gaza para o Egito conforme acordo entre os governos israelense e egípcio, intermediado pelo Catar e com coordenação dos EUA, nesta quinta-feira (2).

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A relação foi passada ao embaixador do Brasil na Cisjordânia, Alessandro Candeas, nesta manhã (madrugada no horário de Brasília). Foi autorizada a saída de pessoas do Azerbaijão, Barein, Bélgica, Coreia do Sul, Croácia, Estados Unidos, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Macedônia, México, Suíça, Sri Lanka e Chade.

Os americanos são, após pressão pessoal exercida pelo presidente Joe Biden, o maior grupo, com 400 dos 576 nomes autorizados. O mandatário havia postado na véspera, quando o acordo passou a valer com a saída de ao menos 320 pessoas de Gaza, que a decisão havia acontecido após sua gestão sobre as autoridades.

O Hamas, grupo terrorista palestino cujo ataque de 7 de outubro levou à retaliação israelense sobre Gaza, que comanda desde 2007, não fez parte da discussão direta sobre esses refugiados. Eles fogem das bombas de Tel Aviv, que seguiram caindo sobre todo o território com 2,3 milhões de habitantes, objeto de uma ofensiva terrestre.

“Eu acho que nós precisamos de uma pausa. Uma pausa nos dá tempo para tirar os prisioneiros”, afirmou Biden na noite de quarta (1º) ao responder a um apoiador que se disse rabino em um comício de pré-campanha à reeleição. Ele se referia aos 240 reféns que o Hamas tomou, segundo Israel, há quase um mês. O grupo diz que 57 deles morreram em bombardeios de Tel Aviv.

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Há 34 pessoas inscritas para repatriação pelo Itamaraty que estão em Gaza, 18 delas já estão na cidade fronteiriça de Rafah, que liga o território ao Egito, e outras 16, a 10 km de distância, em Khan Yunis. Dessas, 24 são brasileiras e o restante, palestinos que querem imigrar.

“Todo dia é uma perspectiva. Nós somos teimosos”, disse Candeas à Folha de S.Paulo. Ele afirmou que a indefinição é terrível para o grupo brasileiro, que sofre com grande angústia desde que o processo de retirada começou, há quase quatro semanas.

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