Um acordo foi assinado por oito candidatos da Venezuela, incluindo o atual presidente Nicolás Maduro, prometendo respeitar os resultados do pleito. Esse pacto, proposto pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), busca garantir a integridade da competição eleitoral.
Entretanto, a principal oposição do país, representada por Edmundo Gonzalez e Enrique Marquez, tomou uma posição firme ao se abster de assinar o documento. Eles justificam essa decisão apontando violações prévias do atual governo a acordos semelhantes, indicando um clima de desconfiança e tensão.
Por que a principal oposição da Venezuela recusou assinar o acordo?
Em um comunicado divulgado, Edmundo Gonzalez explicou que a decisão de não assinar o acordo decorre de compromissos anteriores que foram desrespeitados pelo governo. O ato mais controverso citado por Gonzalez foi a retirada do convite a observadores internacionais da União Europeia, algo que tinha sido previamente acertado num acordo em Barbados. Além disso, Gonzalez acusa o governo de intensificar a perseguição aos líderes e apoiadores da oposição, aumentando o clima de repressão e medo.
Que la #educación sea una de las prioridades de la Venezuela que viene.
Que prevalezca el #respeto y los #valores que nos permitan construir los cimientos de un mejor futuro.
Es el clamor de los mirandinos y juntos vamos a lograrlo.
🗳️#VamosAGanar votando con firmeza y… pic.twitter.com/q7Uo6SMfY3
— Edmundo González (@EdmundoGU) June 20, 2024
O papel do Conselho Nacional Eleitoral (CNE)
O CNE, autoridade máxima da esfera eleitoral na Venezuela, apresentou o acordo de nove pontos que inclui dispositivos importantes para a conduta durante o período eleitoral. Apesar dessas medidas, críticos ouvidos pela CNN, argumentam que o CNE sofre de parcialidade, favorecendo o partido no poder.
Impacto do desacordo no futuro político da Venezuela
A recusa da oposição em assinar o acordo deixa antever um período eleitoral possivelmente tumultuado. A tensão entre o governo e a oposição poderá intensificar-se, considerando as alegações de perseguição política e falta de transparâncias nas preparações para as eleições. Esse impasse não apenas coloca em risco a estabilidade política do país, mas também poderá afetar a percepção da comunidade internacional sobre a legitimidade das eleições venezuelanas.