A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, criticou nesta quarta-feira, 09, as alegações da Rússia de que os Estados Unidos estariam desenvolvendo armas químicas na Ucrânia. Ela disse que, na verdade, é a própria Rússia que se prepara para usá-las no território ucraniano.
“Agora que a Rússia fez essas falsas alegações, e a China aparentemente endossou essa propaganda, todos nós devemos estar atentos para que a Rússia possivelmente use armas químicas ou biológicas na Ucrânia, ou crie uma operação de bandeira falsa para usá-las. É um padrão claro“, escreveu Psaki no Twitter.
Now that Russia has made these false claims, and China has seemingly endorsed this propaganda, we should all be on the lookout for Russia to possibly use chemical or biological weapons in Ukraine, or to create a false flag operation using them. It’s a clear pattern.
— Jen Psaki (@PressSec) March 9, 2022
Horas antes, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que a Ucrânia está preparando uma provocação em que usaria substâncias venenosas. O porta-voz do ministério, Igor Konashenkov, disse que o objetivo era culpar a Rússia pelo uso de armas químicas, segundo a rede NBC News.
O ministério russo também alega que os ucranianos da cidade de Zolochiv compraram mais de 80 toneladas de amônia e estariam ensinando os moradores a como agir no caso de um ataque químico.
Os russos não forneceram nenhuma evidência sobre as armas químicas, ainda de acordo com a NBC News.
Entenda a invasão à Ucrânia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou uma invasão na Ucrânia no dia 24 de fevereiro.
Desde então, o exército russo faz ofensivas por terra, ar e mar contra pontos estratégicos ucranianos, incluindo a capital Kiev e Kharkiv, segunda maior cidade do país. Militares russos também conquistam terreno no sul da Ucrânia.
Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na Otan, aliança militar do Ocidente. Uma das demandas da Rússia nas negociações sobre a guerra é que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na Otan e na União Europeia. Moscou também exige que Kiev reconheça a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste ucraniano, e que a Crimeia faz parte da Rússia
Putin argumenta que está realizando uma “operação especial” para proteger os russos que vivem em território ucraniano. Ao mesmo tempo, Putin também diz que a Ucrânia está sob controle estrangeiro e que não merece ser um país independente.