INDEPENDÊNCIA POLÍTICA

China envia 71 aviões de combate a Taiwan

Mais da metade das aeronaves invadiram a fronteira virtual que divide a ilha considerada território de Pequim no domingo (25) e nesta segunda-feira (26).

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Atividade militar pode ser resposta à aprovação de mais um pacote de ajuda militar ao Taiwan pelos EUA (Crédito: Annabelle Chih/ Getty Images)

Na maior mobilização aérea da história da China, o país enviou 71 aviões de combate contra as defesas de Taiwan. Mais da metade das aeronaves invadiram a fronteira virtual que divide a ilha considerada território de Pequim no domingo (25) e nesta segunda-feira (26).

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A ação teve como objetivo alertar Taipé depois de os Estados Unidos aprovarem o envio de um pacote de ajuda militar à ilha, diz o Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação Popular.

O ministério Ministério da Defesa Nacional (MND) do Taiwan afirmou que os aviões de ataque incluíam 12 unidades do modelo Shenyang J-11, 6 caças Sukhoi Su-30, 1 aeronave não tripulada (UAV) CASC Rainbow CH-4, 6 caças Chengdu J-10 e 18 J-16, 1 Shaanxi Y-8 EW, 1 Y-8 ASW, 1 avião de alerta aéreo antecipado e controle (AEW&C) KJ-500 e 1 Guizhou WZ-7 Soaring Dragon UAV.

A pasta taiwanesa também afirmou que as atividades militares podem ser consideradas uma forma de intimidação e guerra psicológica para a manipulação da opinião pública do país. Os EUA também reagiram e afirmaram que a ação é “desestabilizadora” e “provocativa” podendo prejudicar a estabilidade regional.

Na última semana, o governo do atual presidente dos EUA, Joe Biden, assinou o Ato de Resiliência Ampliada de Taiwan, uma parcela do orçamento aprovado pelo Senado americano que destina US$ 10 bilhões para a ilha nos próximos cinco anos.

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O gabinete da presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, afirmou que deve convocar uma reunião nesta terça-feira (27) para pensar em estratégias de melhoria de defesa da ilha. “Quanto mais nos prepararmos, menos prováveis serão as tentativas de agressão. Quanto mais unidos formos, mais forte e segura será Taiwan”, declarou o presidente nesta segunda-feira durante uma cerimônia militar.

Taipé, o centro político e econômico de Taiwan, não é reconhecido por Pequim, que considera a China como uma unidade. Ao mesmo tempo, apesar de possuir aliados americanos, a ilha ainda não é totalmente reconhecida por sua independência e soberania política devido às relações mantidas com a China.

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