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Argentina identifica chefe do Hezbollah que recrutou pessoas no Brasil

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Ministra da Segurança na Argentina compartilha nome e identidade de homem apontado como líder do Hezbollah na América Latina – Créditos: Reprodução

A atuação do Hezbollah na América Latina tem sido um tema de preocupação política e de segurança há várias décadas. Recentemente, as atenções se voltaram para Hussein Ahmad Karaki, apontado como chefe do Hezbollah na região. Karaki, identificado pela ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, é acusado de envolvimento em atentados no continente, especificamente contra a embaixada de Israel em Buenos Aires, em 1992, e à sede da AMIA em 1994.

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Estes atentados, que chocaram a sociedade e marcaram a história da Argentina, levaram as autoridades locais a reforçar suas diligências contra atividades terroristas. Segundo as investigações, Karaki teria operado sob diversas identidades e mantém atuais ligações com planos similares em outros países da região, residindo atualmente no Líbano.

Qual é o papel de Hussein Ahmad Karaki na estrutura do Hezbollah?

Karaki foi descrito como uma figura central nas operações do Hezbollah na América Latina. Atuando por ordens diretas de Hassan Nasrallah, líder do grupo, Karaki teria sido um elo importante entre a organização e os atentados realizados na década de 1990. A revelação de seu paradeiro e identidade é vista como um avanço significativo na luta contra o terrorismo na região.

As conexões de Karaki com Brasil e Paraguai, onde se acredita que ele usava documentos falsos, levantam preocupações sobre a extensão das operações do Hezbollah. A ministra Patricia Bullrich destacou que o material falso teria sido fornecido por apoiadores do regime de Nicolás Maduro, demonstrando uma rede de apoio mais ampla.

Quais são os efeitos legais e políticos dos atentados?

Os atentados de Buenos Aires resultaram em grande pressão internacional e demandaram uma resposta robusta dos sistemas jurídicos locais. Em 2023, a Justiça argentina responsabilizou o Irã como mandante dos ataques, reconhecendo a longa tradição de apoio iraniano ao Hezbollah. Esta decisão abre caminho para potenciais reparações e possivelmente novas ações em tribunais internacionais contra o Irã.

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No cenário político interno, o presidente argentino Javier Milei tem utilizado a questão para apontar falhas em administrações anteriores, destacando uma proximidade do governo atual com a comunidade judaica do país. O discurso reflete as complexidades geopolíticas da região e a influência externa que afeta diretamente as políticas locais.

Como a América Latina responde às ameaças do Hezbollah hoje?

A operação Trapiche, lançada pela Polícia Federal do Brasil, representa um esforço coordenado para combater o recrutamento e a radicalização promovidos pelo Hezbollah. Esta operação resultou na prisão de indivíduos que planejavam ataques contra alvos israelenses na América Latina, ressaltando a continuidade dos esforços do grupo.

Além disso, a Argentina pediu à Interpol que inclua Karaki em sua lista de procurados, intensificando a busca e a colaboração internacional para conter a influência do grupo. Outras nações da região também estão reforçando suas alianças de inteligência para responder rapidamente a potencialidades de ataques.

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O futuro da segurança na América Latina frente ao terrorismo

A identificação de Karaki e as medidas judiciais contra o Irã sublinham a necessidade de vigilância contínua contra as ameaças do Hezbollah na América Latina. A colaboração multinacional e o fortalecimento das capacidades de segurança interna se tornam fundamentais para proteger a região de futuras ameaças terroristas.

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