O deputado eleito dos Estados Unidos George Anthony Devolder-Santos admitiu as mentiras em seu currículo profissional e acadêmico.
Filho de imigrantes brasileiros, o político do partido Republicano concedeu uma entrevista ao New York Post onde minimizou o fato. “Meus pecados aqui são florear meu currículo. Eu sinto muito”, afirmou.
Santos afirmou que se formou no Baruch College em 2010, afirmou ter trabalhado nas instituições financeiras Citigroup e Goldman Sachs. Depois de ser desmascarado pelas mentiras no currículo pelo New York Times, disse estar sofrendo de ataques difamatórios.
Depois de uma semana de silêncio, agora o político admite não ter estudado no Baruch College ou ter uma formação superior além de dizer ter feito uma “má escolha de palavras” porque, segundo ele, foi vice-presidente da Link Bridge, uma empresa que fazia negócios com o Citigroup e a Goldman Sachs.
Apesar da admissão, George Santos não acredita que o erro deva o impedir de assumir suas funções como deputado no dia 3 de janeiro. Enquanto isso, políticos do partido Democrata defendem sua renúncia antes mesmo de assumir a cadeira no congresso americano.
Vitória política
George Santos venceu o democrata Robert Zimmerman na disputa pela vaga no 3º Distrito do Congresso de Nova York. O que chamou a atenção dos eleitores foi o fato de que, pela primeira vez, a cadeira era disputada por dois candidatos gays.
O político é descendente de brasileiros mas nasceu nos EUA, é defensor do ex-presidente Donald Trump e também já manifestou apoio ao presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais. Santos, inclusive, já chegou a publicar fotos com o deputado eleito Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
O republicano se mostra contrário ao atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, além de defender o reforço das fronteiras do estado de Nova York citando a entrada de imigrantes no território em suas redes sociais. Seu maior foco, porém, é na recuperação do “sonho americano” em referência a políticas econômicas. Ele fala em driblar a inflação no país e “tornar as comunidades seguras”.