Cinco integrantes do grupo conhecido como Proud Boys estão sendo julgados desde essa segunda-feira (19), pela participação na invasão ao Capitólio do Estados Unidos, ano passado. O ataque, que deixou seis mortos, tentou impedir que o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assumisse o cargo após sua vitória nas eleições de 2020.
De acordo com as acusações, o grupo incitou um motim, quando apoiadores do presidente Donald Trump entrou na sede do Congresso. Todos os acusados ocupam cargos de liderança do Proud Boys: são eles Enrique Tarrio, Ethan Nordean, Joseph Biggs, Dominic Pezzola e Zachary Rehl.
Dentre as cinco vítimas, três eram policiais e dois civis que também protestavam contra a vitória de Biden.
De acordo com a emissora CNN, os promotores devem apresentar no julgamento testemunhos de outros membros do Proud Boys que confessaram participação no motim. A reportagem mostra ainda que Enrique Tarrio, de 38 anos, seria o principal líder do grupo extremista.
Conversas por mensagens de texto e publicações dos réus nas redes sociais também devem ser utilizados como provas. Segundo o jornal The New York Times, os promotores poderiam acusar os réus por crimes mais simples, mas decidiram por acusações mais sérias, como sedição, a sublevação contra uma autoridade, que caracteriza uma rebelião.
Os cinco acusados podem ser condenados a até 20 anos de prisão. Os advogados dos ativistas alegam que eles estavam apenas protestando e não participaram da organização. A reportagem mostra ainda que Enrique Tarrio, de 38 anos, seria o principal líder do grupo extremista
Ethan Nordean, 31, é um membro dos Proud Boys do Estado de Washington. Ele ficou famoso na extrema direita americana depois de um vídeo em que aparece agredindo um manifestante antifascista ter viralizado na internet.
Prouds Boys
O nome Proud Boys é uma referência a uma citação que aparece no musical e animação da Disney, Aladdin. Os membros costumam usar bonés vermelhos com a inscrição “Make America Great Again”, com tradução para “Torne a América Grande Novamente”, lema de campanha de Trump. O grupo, embora não seja formado exclusivamente por homens brancos, ganhou fama por confrontos políticos violentos contra ativistas negros.
As principais plataformas da internet, como Facebook, Instagram, Twitter e YouTube baniram o grupo. Fazendo com que os membros migrassem para redes sociais menores. Os militantes também foram classificados pelo FBI em 2018 como “grupo extremista”.
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