12º DIA DE PROTESTOS

Franceses vão às ruas na véspera de decisão sobre Reforma da Previdência

O presidente Emmanuel Macron enfrenta dura queda de popularidade com apenas 25% de aprovação no eleitorado do país.

Franceses vão às ruas na véspera de decisão sobre Reforma da Previdência
Franceses fazem manifestações contra a reforma da previdência; no cartaz consta o lema da Revolução Francesa: liberdade, igualdade e fraternidade (Crédito Foto: Ameer Alhalbi/Getty Images)

Os franceses continuam a fazer manifestações nas ruas da capital Paris e de outras cidades do país contra a Reforma da Previdência. Em razão deste projeto, o presidente Emmanuel Macron está na berlinda da popularidade na França.

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Um grupo invadiu a sede do conglomerado de luxo LVMH, que controla marcas como a Louis Vuitton e Dior, nesta quinta-feira (13). Veja o vídeo abaixo.

As manifestações são a última “cartada” para fazer pressão contra as novas regras, que serão analisadas na sexta-feira (14), pelo Conselho Constitucional francês, que é o órgão máximo para revisão da constitucionalidade das leis na França. Depois dos protestos de hoje de manhã, as autoridades proibiram qualquer manifestação em frente à sede da Corte, que fica perto do Museu do Louvre, a partir da noite dessa quinta-feira.

As cenas de violência e confrontos com policiais continuam, embora as últimas rodadas de greve mostram que o movimento vem perdendo força. Depois de três meses de protestos, os sindicatos admitem fadiga das manifestações, mas dizem que uma mobilização é como uma maratona.

Na contagem do governo, os protestos chegaram a reunir 1,28 milhão de pessoas no auge; na última rodada, somaram 570 mil. Segundo os sindicatos, os números já chegaram a 3,5 milhões, mas, na greve mais recente, 2 milhões se mobilizaram.

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“Queremos pressioná-los, embora saibamos que o Conselho Constitucional não decidirá a nosso favor”, disse Hervé Bordereau, de 57 anos, durante o bloqueio de uma usina de incineração perto de Paris.

Em um comunicado, a CGT, principal sindicato francês, denunciou a prisão de vários manifestantes que bloqueiam a entrada da incineradora de Aubervilliers. Os coletores de lixo anunciaram a retomada da greve nesta quinta-feira (13).

O sindicato Sud-Education, que representa o setor de educação, também denunciou a prisão de oito manifestantes em Paris que se mobilizavam na frente do Conselho Constitucional.

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Sindicalistas entraram na sede da LVHM dizendo que o governo francês deveria deixar de lado os planos de elevar a idade mínima de aposentadoria de 62 para 63 anos e, em vez disso, deveria tributar mais os ricos.

O saguão da sede da empresa ficou imerso em fumaça vermelha. Mas, em pouco tempo, os manifestantes saíram pacificamente. Na quarta-feira passada (06), eles haviam invadido de forma semelhante à sede da gestora de recursos BlackRock. Manifestantes também bloquearam o tráfego fluvial em parte do rio Reno, no leste da França, na fronteira com a Alemanha.

Eles afirmam que o governo deveria tirar dos bolsos dos bilionários os recursos para bancar o sistema previdenciário.

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Macron perde pontos com a Reforma da Previdência

Mesmo que as manifestações diminuam, a perda de popularidade do presidente Emmanuel Macron é vista como irreversível por muitos analistas políticos.

Segundo sondagem do Instituto Elabe, Macron é aprovado por apenas 25% dos franceses. O mesmo instituto revelou que o atual presidente perderia de Marine Le Pen se as eleições de 2022 acontecessem hoje: a líder de extrema-direita teria 55% dos votos, contra 45% de Macron. No pleito disputado no ano passado, Macron foi reeleito com 58,55% dos votos contra 41,45% de Le Pen.

 

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